CEO da Ford conduz um elétrico Xiaomi SU7 há 6 meses e adora o carro

24/10/2024

O CEO da Ford conduz um Xiaomi Speed Ultra 7 há já seis meses e gosta tanto do automóvel que não o quer largar.

 

Jim Farley explicou que numa das suas últimas viagens à China comprou um automóvel da Xiaomi e o expediu para Chicago, onde o tem conduzido nos últimos seis meses.

“Não gosto muito de falar sobre a concorrência, mas conduzo o Xiaomi”, disse Farley no decorrer com o apresentador britânico Robert Llewellyn no ‘The Fully Charged Podcast’. O podcast, que Llewellyn apresenta, foi para o ar na segunda-feira.

“Voámos com um de Xangai para Chicago, e já o conduzo há seis meses, e não quero desistir dele”, continuou Farley.

A declaração de Jim Farley sobre o Xiaomi SU7 surpreendeu o seu interlocutor, que sublinhou a declaração ao afirmar que “isso é algo extraordinário de se dizer”.

O SU7 é o primeiro veículo elétrico da Xiaomi. O gigante chinês da tecnologia produz três versões do carro: SU7, SU7 Pro e SU7 Max. Farley não especificou qual a versão que estava a conduzir.

“É fantástico. Vendem-se 10.000, 20.000 por mês. Eles estão esgotados há seis meses”, disse Farley sobre o sucesso da Xiaomi com o SU7 no início da entrevista.

“Trata-se de um gigante da indústria e de uma marca de consumo muito mais forte do que as empresas automóveis”, acrescentou.

Lançado no final de março deste ano, o primeiro automóvel da tecnológica chinesa rapidamente se tornou um sucesso de vendas. A Xiaomi foi mesmo, na semana de 14 a 20 de setembro, a sexta marca mais vendida da China. Uma posição que alcança com apenas um modelo, ao contrário das outras que têm gamas compostas por vários modelos.

Contudo, a popularidade do SU7 teve um custo para a Xiaomi. O ramo EV da Xiaomi registava uma perda ajustada equivalente a 234 milhões de euros no segundo trimestre do ano.

Isso significa que a Xiaomi perdeu cerca de 8.500 euros para cada um dos 27.307 SU7s enviados naquele trimestre. O SU7 é vendido a um preço base de 215.900 yuan, ou cerca de 28.100 euros, e está disponível apenas na China.

Em agosto, um porta-voz da empresa afirmou que a Xiaomi conseguirá reduzir os custos de produção, aumentando a escala da sua operação de automóveis elétricos.

A Xiaomi tem atualmente em fase de construção uma segunda fase da fábrica de montagem automóvel, que permitirá duplicar a capacidade de produção.

A tecnológica já consegue produzir 10.000 automóveis mensalmente sendo toda a produção destinada ao mercado chinês, com o Xiaomi SU7 a ter uma lista de espera que chega aos 8 meses.

Atualmente, a Xiaomi produz apenas para o mercado chinês, mas os seus planos incluem a exportação para vários mercados, entre eles o europeu. O objetivo é tornar-se num dos cinco maiores construtores mundiais daqui a 15 ou 20 anos.