Cones inteligentes e conectados. O que trazem de novo para travar a sinistralidade?

23/11/2022

Depois das estradas inteligentes, com linhas de marcação de tinta com fotoluminescência para ver no escuro, chegam os cones com geolocalização.

Depois das estradas inteligentes, com linhas de marcação de tinta com fotoluminescência para ver no escuro, chegam os cones de sinalização de última geração, que permitem conhecer em antecipação onde ficam as zonas de obras e outros obstáculos no caminho.

Como? A esmagadora maioria dos acidentes que envolvem operários a trabalhar na via acontecem numa altura do dia com menos luz ou numa época do ano em que as condições climatéricas afetam gravemente a visibilidade, quase sempre com culpas para o condutor do veículo. Ora, pensados para reduzir consideravelmente o perigo em cada uma destas situações, os cones conectados e inteligentes incorporam dispositivos luminosos mais eficazes do que os convencionais e têm a capacidade de comunicar em tempo real a sua posição para o GPS nos nossos carros.

Iluminam-se assim que são colocados na estrada e é neste exato momento em que é emitido, também automaticamente, um alerta para o centro de controlo de tráfego.

Daqui, a informação é partilhada através de mensagens nos painéis digitais instalados nas diversas vias. E, em rede, para figurar no sistema de navegação de cada automóvel ou no smartphone.

Desta forma, o condutor conhece antecipadamente cada obstáculo e pode adaptar a sua condução e antecipar o risco de acidente, por exemplo reduzido a velocidade.

Estes cones inteligentes começam a ser utilizados em Espanha, onde se produziram 158 acidentes relacionados com obras de manutenção só durante o último ano.

De acordo com as autoridades espanholas, os novos elementos de sinalização serão utilizados prioritariamente nas obras, que obrigam a cortes de trânsito, estreitamento de vias, desvios e outros. Mas também servirão para localizar trabalhos de limpeza e conservação, avarias e todo o tipo obstáculos.

“Desta forma, aumenta-se tanto a segurança dos operários que trabalham na via no momento perigoso da colocação destes sinais, como dos condutores que vão passar por aquele ponto e que poderão receber a informação através de painéis de mensagens variáveis ​​na estrada e nos próprios carros conectados”, explica a Direção Geral da Trânsito.