Construir um elétrico gera 70% mais emissões que um carro a combustão

23/11/2021

Marca sueca diz que, analisando apenas a fase de produção, a fabricação de um carro elétrico resulta em mais emissões. E explica quando se invertem os papéis.

 

Estudo elaborado pela Volvo revela que o processo de produção de um novo automóvel 100% elétrico pode gerar mais 70% de emissões de gases com efeito de estufa do que um modelo comparável equipado com motor térmico.

Mesmo sendo das marcas automóveis que mais acelera, o construtor sueco sabe que basta equipar um automóvel com um motor elétrico e baterias para dizer que não é poluente. E, por isso, baseou este novo estudo no processo de produção da gama XC40, que integra as duas variantes (com motores térmicos e exclusivamente a baterias), analisando a pegada carbónica ao longo do ciclo de vida de cada modelo.

No comparativo, os especialistas consideram também os efeitos da extração das matérias-primas, todo o circuito de produção, os abastecimentos e, por fim, a condução durante 200 mil quilómetros.

Tudo somado, a Volvo concluiu que o Volvo C40 Recharge só depois de atingir 109.918 quilómetros se tornaria menos poluente do que o XC40 equipado com motor de combustão. Sendo que, no final da utilização, o C40 terá produzido menos 15% das emissões poluentes do que o XC40.

Valores que mudam radicalmente se o carregamento das baterias for feito unicamente com energias 100% renováveis. Neste caso reduz-se para metade, fixando o ponto de equilíbrio ao fim de cerca de 48.000 quilómetros.

A marca explica que a principal diferença está no aumento significativo dos níveis de emissões durante a produção de um modelo elétrico, com as baterias a serem responsáveis por quase um terço da totalidade das emissões.

O estudo da Volvo conclui assim que os veículos elétricos atingem uma pegada de carbono muito elevada até à saída da linha de montagem, que compensam com a utilização e de acordo com a energia usada no carregamento das baterias.