Redução na procura por motores a combustão obrigará ao encerramento de fábricas e ao corte de 5500 empregos em todo o mundo até 2028.

A Continental anunciou esta semana um plano de restruturação da empresa que inclui a redução de cerca de 5500 postos de trabalho nas empresas do consórcio em todo o mundo nos próximos oito anos. Elmar Degenhart, o n.º1 do fabricante alemão, confirmou a medida como consequência direta do claro abrandamento na procura por motores de combustão interna para automóveis novos e visa uma poupança de cerca de 500 milhões de euros ao ano. Segundo aquele responsável, já a partir de 2023, a Continental irá abandonar o fabrico de componentes hidráulicos para motores a gasolina e a gasóleo, à medida que a indústria privilegia formas de combustíveis alternativas.

O programa de reajustes na estrutura daquele que é atualmente o segundo fornecedor automóvel do mundo, com mais de 240 mil funcionários nos seus quadros, prevê o encerramento das fábricas que o Grupo detém na Virgínia e na Carolina do Norte, decisão que afetará 1400 postos de trabalho.

Na Alemanha estão previstos cerca de 1800 despedimentos só na unidade de Babenhausen até 2025. E a fábrica de Roding, que emprega atualmente 520 trabalhadores, fechará as portas em 2024.

Nas unidades de Pisa, em Itália, e Limbach-Oberfrohna, na Alemanha, ordem para descontinuar ofabrico de componentes hidráulicos até 2028, levando ao corte de mais de 1500 empregos.

No comunicado divulgado esta semana, o grupo afirmou que focar-se mais “nas atividades futuras”, como o desenvolvimento e fabrico de pneus e tecnologias para carros autónomos.