De Tomaso Mangusta, o modelo que antecedeu o icónico Pantera

09/03/2023

Para substituir o De Tomaso Vallelunga, Alejandro de Tomaso concebeu o Mangusta, que significa em português mangusto, um pequeno animal mamífero que consegue comer cobras. Segundo consta este nome foi escolhido porque a De Tomaso ia ajudar Carroll Shelby a desenvolver um automóvel para competir no Can-Am, algo que acabou por não acontecer e Alejandro decidiu conceber um automóvel com melhores performances que o Shelby Cobra.

A Carrozzeria Ghia foi responsável pelo desenho do Mangusta pelas mãos de Giorgetto Giugiaro. O chassis tem por base o do automóvel de competição P70 que foi desenvolvido também pela Ghia, sendo que esta seria adquirida pela De Tomaso. O Mangusta tem a particularidade de ter duas aberturas do capo, em asa de gaivota, algo pouco típico no mundo automóvel.

Para locomover o Mangusta, a De Tomaso decidiu utilizar os motores Ford V8, inicialmente o 289 HiPo de 4,7L de cilindrada, com 306cv de potência e, posteriormente, o 302 J Code de 4,9L de cilindrada e apenas 230cv. Acoplado ao motor está uma caixa manual de cinco velocidades da ZF.

O Mangusta foi lançado em 1967 e manteve-se em produção até 1970, altura em que foi substituído pela icónico Pantera. Apenas 401 exemplares foram construídos, sendo que desses somente 150 foram vendidos na Europa.

Presente neste artigo está o De Tomaso Mangusta com o chassis número 8MA1242, produzido em 1970, pensando-se que seja dos últimos dez produzidos, tal facto é comprovado pelos painéis produzidos em alumínio e jantes em magnésio. Foi pintado na cor Blu Scuro e foi recentemente alvo de um pequeno restauro.

No passado dia 1 de Fevereiro foi levado a leilão, através de um evento levado a cabo pela RM Sotheby’s aquando do Salão Rétromobile, sendo vendido por 246.875 euros.