O fabrico do vidro envolve ingredientes como a sílica, óxido de cálcio e óxido de sódio, e requer grandes quantidades de gás natural para a sua fundição a altas temperaturas. Como os preços da energia na Europa não param de aumentar desde a invasão da Ucrânia, é possível que a indústria automóvel venha a deparar-se com um novo problema na cadeia de fornecimento.
Quem avisa é Silja Pieh, chefe de estratégia da Audi, em declarações recentes ao “Wall Street Journal”, onde explica que, caso a Rússia pare o fornecimento de gás para a Alemanha, uma nova crise de falta de componentes afetará a indústria.
De acordo com a mesma fonte, o Grupo VW está já a armazenar janelas e para-brisas em stocks adicionais para a maioria dos seus modelos, antecipando a escassez do vidro, que afetará de igual modo outras áreas da indústria.
Nos últimos meses, foram registados aumentos de até 90%, por exemplo, no custo das garrafas de vidro para a água, o leite ou a cerveja, com reflexo óbvio e direto no preço de venda dos referidos produtos.