FOTO JayinShanghai/Twitter
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
A Tesla anunciou recentemente que ia passar a vender automóveis exclusivamente online, começando pelos Estados Unidos, com planos para estender esta medida, eventualmente, aos outros países onde a marca americana está presente. A eliminação de intermediários permitiria à marca reduzir os preços dos seus automóveis, algo que já começou a fazer em certos mercados. E esta redução de preços resultou em protestos organizados pelos clientes da marca.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

Foi o caso de Taiwan, onde o preço do Model S P100D, o segundo modelo mais caro da Tesla, caiu para quase metade. Isto deixou novos clientes furiosos, pois perderam a oportunidade de esperar uma redução de preço. Assim, muitos dos clientes da marca reuniram-se junto a lojas e super-carregadores da Tesla, em números grandes o suficiente para chamar a atenção das autoridades. Embora não se tenham registado incidentes, forças policiais mantiveram os envolvidos no protesto sobre observação. Nalguns casos, clientes colaram faixas nas janelas das lojas, dizendo “não compre agora, espere pelo desconto”.

Na China, a redução de preço dos carros da Tesla foi registada pela imprensa local, depois de reclamações de clientes no Weibo, o equivalente chinês do Twitter, reclamando da injustiça desta quebra de preços, que não só parece querer enganar quem comprou carro nos últimos meses, mas também afeta o valor de revenda destes como usados. A quebra de preços rondou os 40 por cento em vários países. Em Portugal, nos modelos Model X e Model S, os preços foram reduzidos em cerca de 20 mil euros para as versões convencionais ou Long Range e em cerca de 50 mil para as versões com modo Ludicrous de alta performance.