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Eco carro: Futuro dos elétricos pode estar na madeira

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A ideia pode parecer ridícula com critérios de segurança sempre tão mais rigorosos, mas o futuro do automóvel poderá passar pelo uso de madeira em vez do aço no chassis, com um peso até cinco vezes mais leve. Se for aplicada em veículos elétricos, a solução poderá ser uma grande benesse ao reduzir consideravelmente o consumo de energia.

O eco-arquiteto Vincent Callebaut socorreu-se de todas as ferramentas digitais e de inteligência artificial para desenhar uma gama completa de modelos de duas e quatro rodas que exploram este conceito de sustentabilidade que até já tem nome: Timber Mobility, carros, bicicletas e veículos voadores que construídos em madeira laminada cruzada e bambu industrial, em combinação com elementos reciclados usados tradicionalmente no fabrico de automóveis, caso do alumínio e fibra de vidro, fazendo com que o material estrutural também possa cumprir no capítulo da resistência.

A madeira laminada cruzada, também conhecida pela sigla CLT, é um tipo de produto estrutural de madeira que compreende várias camadas de madeiras. Já o bambu pode ser um material presente em estruturas de pequeno, médio e grande porte. Com propriedades mecânicas e resistência a esforços suficientes para ser usado como material de construção.

O projeto, ainda só digital, inclui uma variedade de veículos terrestres autónomos, desde pequenos citadinos até furgões de passageiros, com capacidade de interligação entre si e a oferta de alternativas flexíveis de mobilidade. As bicicletas também fazem parte desta série da Timber Mobility com designs espetaculares, aerodinâmicos, com rodas sem eixo, sem cubo e sem raios, baseadas numa estrutura híbrida. Algumas bicicletas seriam feitas com uma combinação de madeira laminada cruzada para dar resistência e outra parte feita de grafeno para condutividade.

O sistema de propulsão permitiria um consumo de 0,1 kWh por passageiro, de acordo com as estimativas do designer.

Realista ou não, a verdade é que o conceito alternativo até já chamou a atenção da Renault, que desafiou Callebaut a criar a sua própria versão de um Timber Twingo.