Estudo garante que elétricos “não são solução” para travar alterações climáticas
26/04/2019
Foi eleito o Carro Europeu do Ano e por isso merece surgir no arranque da lista. Bastante evoluído, custa desde 80.000€ e... vai ter de lutar com os muitos rivais a caminho.
Audi e-Tron: Já chegou a Portugal com "mimos" como os retrovisores digitais. Tem preços desde 84.000€ e anuncia 400km de autonomia.
Mercedes EQ C: Será o primeiro modelo da submarca elétrica da Mercedes. Já foi apresentado e conta com mais de 400cv obtidos de dois motores elétricos. Perto de chegar ao mercado.
Durante muito tempo reinou sozinho entre os elétricos premium em Portugal. Os preços começam nos 42.000€ para a versão de 170cv, enquanto o mais desportivo i3S custa mais 3.800€.
Depois dos Model S (90.550€) e Model X (99.350€), o volume de vendas da Tesla cresceu brutalmente com o mais acessível Model 3 (60.200€). Mais acessível, é um modelo premium bastante avançado e com mais de 500km de autonomia.
O Model Y, um SUV compacto mais pequeno que o Model X, também já foi revelado. Mas este só chega em 2020...
Porsche Taycan: Um verdadeiro Porsche, é a promessa para este modelo que recorre aos 800 volts para conseguir carregar 100km em apenas 3 minutos. Perto de ser revelado.
Nissan Leaf: recebeu recentemente uma versão mais potente e com mais autonomia, fruto dos 60 kWh de bateria. O facto de ser o elétrico mais vendido de sempre dispensa as apresentações. Preços desde 34.900€.
Renault Zoe: O elétrico mais comercializado na Europa durante vários anos ganhará uma segunda geração este ano, que muitos afirmam que irá representar um enorme salto evolutivo para este modelo. Atualmente custa 27.410€.
Opel Corsa Elétrico: Será ainda nos primeiros meses deste ano que será revelado o novo Corsa. Tal como no 208, espera-se que o Corsa surja tanto com combustão como em elétrico.
O Peugeot e-208 foi a estrela no Salão de Genebra. Terá 136cv e autonomia de 340km. A nova geração do 208 chega no outono, ficando por saber se o elétrico surge logo no arranque da fase comercialização.
O simpático elétrico da Kia tem uma autonomia de 240km e preço desde 30.000€.
O Hyundai Kauai foi lançado com versões de 39 kWh (289km de autonomia) e de 64 kWh (449km), e custa desde 44.500€. A marca coreana tem também o Ioniq por 39.895€.
É o mais acessível elétrico no momento. O Smart ForTwo EQ custa 22.000€ e a versão de quatro lugares (ForFour EQ) começa nos 23.500€
Acaba de ser revelada a versão final do RapidE, o elétrico da Aston Martin. Tem 600cv, tração traseira e se quer ter um é melhor despachar-se. Só serão fabricados 155 unidades.
O Polestar 2 foi apresentado como o "anti Model 3". São 408 cv de potência e mais de 500km de autonomia.
Volkswagen ID: Com a reputação manchada pelo escândalo do Dieselgate, a VW prometeu uma inversão na estratégia e forte aposta nos elétricos "ID". O primeiro, um compacto, será apresentado este ano
Volvo XC40 elétrico: O Carro do Ano de 2018 deve este ano ganhar uma nova variante de emissões 0, tornando-se no primeiro Volvo 100% elétrico a chegar ao mercado
Foi já confirmada a vinda da versão elétrica do 500 para a Europa, depois de ter estado disponível apenas nos Estados Unidos. Faltam saber mais detalhes, como o momento de chegada ao mercado
Mini Electric: Depois do concept, que pode ver nas fotos, espera-se que chegue este ano a versão de produção do Mini elétrico.
Honda Urban EV: Depois de se ter apresentado nesta versão conceptual em 2017, e mais perto da produção no último Salão de Genebra, entra em produção ainda este ano e terá mais de 200km.
De acordo com aquele estudo, que tem em conta a situação local, os “veículos elétricos pouco ajudarão a cortar as emissões de CO2 na Alemanha nos próximos anos, já que a introdução de veículos elétricos não significa necessariamente a redução das emissões de CO2 dos transportes rodoviários”.
Consolidando esta sua conclusão, o estudo aponta que os motores alimentados por gás natural são as melhores soluções para uma transição para os veículos alimentados a hidrogénio ou a metano ‘verde’ a longo prazo.
Os autores do estudo, Christoph Buchal, professor de física na Universidade de Colónia, Hans-Dieter Karl, perito da ifo na área da energia, e Hans-Werner Sinn, anterior presidente da ifo e professor emérito da Universidade Luís Maximiliano de Munique, a terceira maior da Alemanha, frisam que, “tendo em conta o atual mix de energia da Alemanha e a quantidade de energia utilizada na produção de baterias, as emissões de CO2 dos veículos elétricos são, no melhor dos casos, ligeiramente superiores às de um motor Diesel e, noutros casos, muito mais elevadas”.
Para estas conclusões, os investigadores levaram a cabo cálculos com base em exemplos concretos de um carro elétrico moderno (Tesla Model 3) e de um Diesel também moderno (um Mercedes-Benz 220 d com o 2.0 turbodiesel OM 654). Além das emissões de CO2 da produção das baterias, também tiveram em conta as energias alternativas para a eletricidade de forma a calcular o impacto que esses veículos elétricos teriam nas emissões de CO2.
O resultado aponta que “mesmo com a tecnologia atual, as emissões totais de um motor de combustão alimentado a gás natural são já quase um terço inferiores às de um motor Diesel e aponta que, no futuro, o hidrogénio poderá ser a solução indicada.
Os autores do texto criticam ainda a União Europeia (UE) por permitirem que os veículos elétricos sejam incluídos para efeitos de cálculos de emissões de gama com um valor de ‘zero emissões de CO2’. A “realidade”, garantem os autores, “é de que, além das emissões de CO2 geradas na produção dos veículos elétricos, quase todos os países da UE geram emissões significativas de CO2 do carregamento das baterias a partir da utilização da rede nacional elétrica com mix de produção”.
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