Euro NCAP analisa condução assistida e encontra muitas diferenças de qualidade

29/10/2024

Os sistemas de condução assistida do BMW i5 e do Mercedes-Benz Classe C foram considerados muito bons pela Euro NCAP. Em compensação, o BYD Atto 3 levou com o selo não recomendado.

 

A agência europeia voltou a avaliar os sistemas de condução assistida de cinco modelos e encontrou “grandes diferenças na implementação da tecnologia por parte dos fabricantes.

De acordo com o Euro NCAP, houve dois veículos que se destacaram nos testes. Tanto o BMW i5 como o Mercedes-Benz Classe C denotaram “níveis excecionais de Competência de Assistência e de Apoio à Segurança.

Os dois modelos foram considerados “Muito bons”, com os sistemas de ambos a fornecerem “um controlo lateral e de velocidade robusto para assumir grande parte da carga de condução, mantendo o condutor ‘no circuito’, para retomar o controlo, se necessário”.

Também a Volkswagen e a Volvo viram modelos seus ficarem bem classificados neste teste aos sistemas de condução assistida pelo Euro NCAP.

O Volkswagen ID.7 e o Volvo EC40 (anteriormente o C40 Recharge) obtiveram uma classificação de “Bom”. ”Ambos os automóveis tiveram um bom desempenho, embora lhes faltassem algumas das caraterísticas mais sofisticadas e o desempenho robusto do BMW e do Mercedes-Benz”, diz a agência europeia.

Por último, o ensaio aos sistemas de condução assistida revelou-se um desastre para O BYD Atto 3 e o seu Cruise Control Adaptativo. O modelo da marca chinesa teve a classificação de “Não Recomendado” pelo Euro NCAP.

De acordo com o teste, “o sistema de assistência à velocidade não interpretou corretamente os sinais de trânsito e obteve apenas uma pontuação modesta na Competência de Assistência”.

O Euro NCAP diz que a parte mais fraca do sistema de condução assistida do Atto 3 está nas ajudas de segurança, em que a agência de segurança diz que “o automóvel não atingiu os padrões mínimos, especificamente o fraco desempenho geral do ACC contra veículos parados e a falta de ação no caso de um condutor que não responde. Neste cenário crítico, o sistema desliga efetivamente o apoio à direção após um período prolongado de inatividade, mantendo o controlo da velocidade – deixando um condutor que não reage entregue à sua sorte”.

“Estas avaliações fornecem aos consumidores uma visão crítica sobre as caraterísticas da condução assistida disponíveis nos veículos atuais”, afirma o Diretor Técnico ADAS & AD do Euro NCAP.

“Em primeiro lugar, os compradores de automóveis interessados nesta tecnologia devem estar cientes de que, embora permita uma experiência de condução confortável, apresenta falhas em determinadas condições e pode criar novos riscos quando utilizada de forma incorreta – por conseguinte, a supervisão do condutor e a consciência situacional devem ser asseguradas em todos os momentos durante a utilização destes sistemas”, sublinha ainda Adriano Palao Bernal.