Na sua intervenção, Olaf Scholz revelou ter proposto à presidente da Comissão Europeia um incentivo europeu à compra de automóveis elétricos. Scholz disse que esta seria uma forma de apoiar a indústria automóvel europeia em dificuldades.
“Precisamos de soluções pragmáticas, não de soluções ideológicas”, afirmou. “É por isso que me congratulo com o facto de o Presidente da Comissão Europeia ter aceitado a minha proposta de harmonização dos prémios de aquisição de automóveis elétricos na Europa”, disse o chanceler alemão.
Na sua intervenção, Olaf Scholz reiterou que “a mobilidade elétrica é o futuro, não há dúvida sobre isso. Qualquer pessoa que sugira o contrário está a prejudicar a nossa indústria”.
Apesar da pressão dos fabricantes, a União Europeia mantém o objetivo de proibição dos motores de combustão em 2035. Este objetivo tem sido reiterado pela Comissão Europeia, que impôs já este ano um limite de pegada de carbono à indústria automóvel.“Os próximos anos serão vitais para nos mantermos na corrida das tecnologias limpas e disruptivas”, afirmou Ursula von der Leyen num discurso em Davos. “A Europa tem tudo o que precisa para que isso aconteça”.
A proposta de Olfa Scholz de criação de um incentivo europeu à compra de automóveis elétricos representa uma inflexão no seu pensamento. Foi o seu governo que no início de 2024 acabou com os incentivos na Alemanha, uma medida que provocou uma quebra de 27,4% na compra de veículos elétricos naquele país.
Perante o Fórum Económico Mundial, o ainda chanceler alemão respondeu às ameaças do presidente norte-americano, Donald Trump, de taxar produtos europeis, tendo-se manifestado contra o protecionismo. Scholze defendeu a manutenção do comércio livre como base do crescimento futuro.
“O isolamento custa prosperidade. Defenderemos o comércio livre como a base da nossa prosperidade, juntamente com outros parceiros”, afirmou Scholz em Davos.
