Exportações de componentes automóveis crescem a ritmo superior à restante indústria nacional

13/05/2023

As exportações de componentes automóveis registam, no mês de março, um crescimento de 35,8% relativamente ao mesmo mês de 2022.

As exportações de componentes automóveis atingiram em março os 1107 milhões de euros, registando assim uma subida de 35,8% face ao mesmo mês de 2022, o que significa um crescimento maior do que as exportações nacionais. Segundo dados recolhidos pela Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA), “este crescimento de dois dígitos, representa uma subida pelo décimo primeiro mês consecutivo”.

Quanto ao acumulado até março as exportações de componentes automóveis “alcançaram os 3053 milhões de euros, o que se traduz num acréscimo de 22,2% face ao primeiro trimestre do ano anterior”, adianta.

“Importante realçar que 71% das exportações portuguesas de componentes automóveis continuam a pertencer ao top 5 de países, composto por Espanha, Alemanha, França, Eslováquia e Estados Unidos da América, durante o primeiro trimestre de 2023”.

Espanha, com vendas de 891 milhões de euros, continua a ser o principal cliente dos componentes fabricados em Portugal, seguida pela Alemanha com 676 milhões de euros. Na terceira posição encontramos a França, com 350 milhões de euros, enquanto a quarta posição pertence à Eslováquia com 134 milhões, fechando-se o top 5 com Estados Unidos da América com 111 milhões de euros.

“Destaque-se que as exportações para quatro destes cinco países aumentaram relativamente ao ano anterior. Assim, as exportações para Espanha aumentaram 20% relativamente ao ano de 2022, Alemanha apresenta-se com um crescimento de 28,5% e as exportações para França, 3.º país cliente, cresceram 25,4%. A Eslováquia registou um aumento de 29% em relação a 2022, voltando a surpreender com o maior crescimento dos cincos principais mercados”, sublinha a AFIA em comunicado.

Por outro lado, “os EUA continuam a registar uma queda, agora de 16,3%, nas importações de componentes automóveis provenientes de Portugal, no que se refere ao período homólogo de 2022 mantendo-se como 5º país cliente”, acrescenta a mesma fonte.

A situação mundial e a inflação dos custos relacionadas com os transportes, energia e matérias-primas, são fatores que continuam a promover uma incerteza neste e outros setores em termos mundiais, “mas é importante destacar que a indústria portuguesa de componentes para automóveis tem conseguido manter uma forte resiliência e criar formas de continuar a competir com as suas congéneres para ganhar quota de mercado”, diz a AFIA.