Quanto perde a Fiat por cada 500 elétrico que vende

M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
Embora representantes governamentais de vários países tenham anunciado que os automóveis elétricos vão ser obrigatórios a partir de datas que oscilam entre 2025 e 2040, e várias marcas já responderam ao desafio prometendo eletrificação total da gama, nem todos os construtores automóveis estão com pressa para começar a substituir os seus modelos convencionais. É o caso da Fiat, que tem apenas um carro elétrico na sua gama e que perde 17 mil euros com cada unidades vendida.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

O único automóvel elétrico da Fiat é o 500e. Não está à venda na Europa, e apenas está disponível na América do Norte, onde o carro é necessário para baixar a média de consumos, de acordo com a legislação americana. No entanto, Sergio Marchionne, o diretor-geral da Fiat, revelou recentemente à Bloomberg que a marca perde 20 mil dólares (17 mil euros) por cada 500e que vende. Isto apesar do carro custar o dobro de um 500 normal e ser até mais caro que o desportivo 124 Spider Abarth.

A Fiat nunca revelou quantos 500e vendeu nos Estados Unidos, e Marchionne já tinha aconselhado os clientes da marca a não comprar o seu modelo elétrico em 2014. O executivo italo-canadiano não está convencido que os carros elétricos são a única solução para o futuro, mas não se sente preparado para mudar a atual estratégia mais tradicional da Fiat. Em todo o caso, Marchionne irá retirar-se em 2019. Mas quanto tempo terá o seu substituto para desenvolver uma nova tecnologia que a concorrência já tem à venda?