GNR decide montar a sua própria rede para carregar veículos elétricos

18/11/2022

A GNR atua em todo o território nacional, e por isso concluiu que a rede pública de carregamento existente não é suficiente para a sua intenção de eletrificação da frota. Por isso está a investir em 75 postos de carregamento até 2023.

A PSP, que tem mais de 80 veículos elétricos e 300 velocípedes, só fará aposta maior quando a rede pública melhorar. As duas principais forças de segurança entraram no caminho da descarbonização quase em simultâneo mas ainda não investiram mais nas frotas elétricas por considerarem que é preciso uma melhoria da oferta da rede pública de carregamento. A GNR deu mesmo um passo à frente e, por estar muito presente no interior rural do país – onde houve menos investimento em postos de carregamento – decidindo avançar com a implementação de uma rede interna própria.

A diferença de mobilidade para as duas polícias está relacionada com o território, estando a GNR presente em todo o meio rural e no interior profundo do país e a Polícia de Segurança Pública em meio urbano. Apesar de a rede pública da EDP ter mais de 1200 pontos de carregamento público e de os 48 colocados nas 17 áreas de serviço das autoestradas da Brisa já estarem a funcionar, tal não é suficiente ainda para cobrir as necessidades da Guarda Nacional Republicana, dispersa por postos territoriais do Portugal profundo.

Já a Direção Nacional da PSP admite que um eventual reforço de aquisição de elétricos passará, necessariamente, por uma melhor rede pública de abastecimento. “A melhoria da rede de abastecimento dos veículos elétricos e a diminuição do seu tempo de carregamento permitirá, no futuro, uma aposta mais robusta na aquisição deste tipo de veículos, que por enquanto tem sido cautelosa, mas evolutiva, de acordo com a sua capacidade de resposta e adequação ao cumprimento da missão legalmente definida”, segundo declarações do gabinete de relações públicas da força de segurança.