Em virtude do incumprimento dos serviços mínimos por parte dos motoristas durante o primeiro dia da greve marcada pelos sindicatos de motoristas de mercadorias (SIMM) e de matérias perigosas, o Governo decidiu recorrer à requisição civil de motoristas para procederem ao abastecimento de combustíveis em áreas fundamentais decretadas pelo Estado.

Em conferência de imprensa, o secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, Tiago Antunes, explicou aos jornalistas que o o Governo “não teve alternativa” que não utilizar o plano de requisição civil para as áreas nas quais os serviços mínimos não estavam a ser cumpridos, nomeadamente no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, e nos muitos postos da REPA (rede estratégica de postos de abastecimento) do Algarve.

O Governo irá colocar publicar duas portarias para tornar válida a requisição civil, “em concreto apenas nas áreas e serviços nos quais até ao momento se verificou o incumprimento”, apontando “a rede da rede de emergência de postos abastecimento, aeroportos e unidades autónomas de gás natural”.

Reconhecendo a necessidade de manter a atividade em áreas consideradas fundamentais para a economia, o secretário de Estado anunciou também que a outra portaria a publicar irá colocar em campo as forças armadas para garantir a ordem e a tranquilidade. Recorde-se que os militares da Guarda Nacional Republicana (GNR) e da Polícia de Segurança Pública (PSP) já foram hoje colocados em prevenção para efetuarem transportes de combustíveis em substituição dos motoristas dos sindicatos.