João Ramos e Armindo Araújo confiantes em bons resultados na Baja TT Norte de Portugal

04/05/2023

Pilotos assumem que correrem em terras transmontanas é mais difícil do que noutros pontos do país. Prova realiza-se de 5 a 7 de maio em Valpaços, Murça e Macedo de Cavaleiros.

 

Depois de vencer a prova de abertura do Campeonato Nacional de Todo-o-Terreno, na Baja
TT Montes Alentejanos, no distrito de Beja, o piloto João Ramos apresenta-se na Baja TT Norte de Portugal com o mesmo objetivo. Por sua vez, Armindo Araújo, que já foi campeão nacional de rali por sete vezes, acumula este ano o Nacional de Todo-o-Terreno com a ambição de conquistar um bom resultado em terras transmontanas.

João Ramos e Armindo Araújo são dois dos quase 50 pilotos inscritos para a Baja TT Norte de Portugal, que se realiza de 5 a 7 de maio, nos concelhos de Valpaços, Murça e Macedo de Cavaleiros. É organizada pelo CAMI Motosport e é pontuável para o Campeonato de Portugal de Todo-o-Terreno AM 48 e para a Taça Ibérica de Todo-o-Terreno.

O piloto João Ramos, que corre com um Toyota Hilux, categoria T1+, e tem como navegador Pedro Ré, assume que as expetativas para a Baja TT Norte, são “sempre altas e muito positivas”, porque é assim que encara as corridas. “Vou lutar pela vitória”, sublinha, apesar de saber que “vai ser uma prova bastante disputada”.

Armindo Araújo, que tem como navegador Luís Ramalho num Canam Maverick, classe 8
T3, ainda está a recuperar do acidente sofrido em março no Rali de Fafe, na segunda passagem por Boticas. Mesmo assim, “gostava de lutar por um bom resultado na classe” para depois “perceber o que pode dar em termos da geral”.

Em relação à segunda edição da Baja TT Norte, que tem caraterísticas diferentes de outras
provas do género em Portugal, João Ramos assume que é sempre um grande desafio fazer provas mais técnicas, como a transmontana. Todavia, como “gosta muito” deste tipo de percursos está convicto de que poderá ter sucesso.

Armindo Araújo espera mais dificuldades no percurso todo-o-terreno que tem pela frente em Trás-os-Montes, do que, por exemplo, nos ralis, onde está como peixe na água. Ao contrário das provas no Alentejo, onde o terreno é mais aberto, que são mais rápidas, a Baja TT Norte “vai permitir que os pilotos tenham dificuldades diferentes do habitual”. Armindo perspetiva que os veículos T1+ sejam os “pontas de lança para poderem vencer a prova”, mas, apesar disso, acredita que “os carros T3, que são mais ágeis e mais leves, possam ter uma palavra a dizer na luta pela vitória à geral”.

Para Armindo Araújo a gestão do tempo é um dos desafios nesta temporada, em que para
além de participar nos nacionais de rali e de todo-terreno ainda tem provas do campeonato do mundo de rali. “Acho que é um desafio grande. Agora estou concentrado a 100% na Baja TT Norte, a partir de segunda-feira (9 de maio) de manhã já estarei a fazer os reconhecimentos para o Rali de Portugal. Vão ser dias intensos, mas fazem parte do nosso calendário desportivo”, sublinha.

Depois do violento acidente no Rali de Fafe, Armindo Araújo assume que está “bastante
melhor”, que a recuperação física “tem corrido bastante bem” e que se sente em “condições mínimas para estar na partida”.

Psicologicamente falando, o piloto confessa que o primeiro dia do Rali Terras d’Aboboreira, no passado fim de semana, em Amarante, “não correu muito bem”. Tendo marcado o regresso à competição após o acidente “ainda não estava a ganhar os habituais níveis de confiança”. Na Baja TT Norte espera estar melhor, até porque “as provas de endurance são mais fáceis, já que há muitos quilómetros para ir ganhando ritmo”.

Também disponível em TSF.pt.

Texto: Eduardo Pinto