Como qualquer modelo icónico, devido ao seu alto valor, os entusiastas tendem a adquirir réplicas para poder ter uma representação do modelo na sua garagem, sejam de construção própria ou encomendadas a empresas que se dedicam a essa causa.
Até hoje, a Jaguar Land Rover nunca tinha gerado problemas a ninguém que quis construir uma réplica de um modelo criado por si, até pelo contrário, uma vez que sempre encorajou e apoiou quem se aventurava.
No entanto, com Karl Magnusson foi diferente, apesar de que tudo parecia correr bem ao início. Durante nove anos, Karl e a sua esposa dedicaram grande parte do seu tempo a criar o seu automóvel de sonho e, inclusivamente, teve a ajuda da marca britânica com o que necessitou para recriar um automóvel o mais fiel possível ao original. Sem haver razão aparente, a JLR processou Karl por recriar um modelo seu, ordenando o pagamento de um milhão de dólares e a destruição do automóvel construído.
A JLR venceu no Tribunal de Estocolmo, em 2020 mas agora a decisão foi diferente. O recurso de Karl fez com que apresentasse provas em como a JLR o ajudou e sabia da existência desta réplica, além do mais, este é um mercado que sempre esteve aberto, com várias empresas a dedicarem o seu negócio na construção de réplicas dos modelos Jaguar C-Type e XKSS, por exemplo. Dessa forma, o juiz indicou que a JLR não tem o direito de reclamar uma vez sabe da existência destas actividades há décadas.
Ainda assim, é um processo um pouco difícil de compreender, pois a JLR é um grande grupo automóvel que tentou travar o sonho de um casal sueco.