Muito ansiado pelos entusiastas da marca (e temido por outro tantos pelo receio de que pudesse vir desvirtuar o legado da companhia italiana…), o novo Lamborghini Urus acabou de ser revelado ao mundo, tratando de tranquilizar todos os seus ‘tifosi’: é extremo e veloz, mas agora que o ‘toiro enraivecido’ acordou, já não vale a pena fugir para o ‘mato’.

Passe-se o exagero, mas este Lamborghini traz consigo uma premissa inédita para quem pretende a derradeira experiência de velocidade fora do asfalto: com um motor V8 bi-turbo de 4.0 litros capaz de debitar 641 CV de potência e 850 Nm, as suas prestações estão em linha com aquilo que se poderia esperar de um ‘lambo’. A aceleração dos 0 aos 100 km/h cumpre-se em 3,6 segundos e os 200 km/h são batidos em meros 12,8 segundos. Quanto à velocidade máxima, está cifrada nos 305 km/h.

Para tornar este modelo verdadeiramente num ‘animal’ todo-o-terreno, a Lamborghini recorreu à sabedoria que neste momento pode ir buscar aos ‘irmãos’ da Audi (Q7) e Porsche (Cayenne), como é o caso da plataforma MLB Evo. Conta com um sistema de tração integral associado a uma caixa de velocidades automática de oito velocidades, para uma distribuição de potência de 40/60 entre os dois eixos. Em casos limite, a entrega da potência pode fazer-se a 70% no eixo dianteiro ou 87% atrás.

Necessariamente, para adequar a entrega da potência a cada tipo de piso, o condutor pode escolher por entre um dos seis modos de condução disponíveis, que variam entre o Strada (estrada), Sport, Corsa (pista), Neve, Terra e Sabbia (areia). Estes três últimos têm o condão de tornar o Urus mais alto e mais suave na forma como entrega a sua potênca, enquanto os outros três, com principal destaque para o Corsa, acentuam o lado das prestações.

Note-se que esse é mesmo pensado para utilização em pista, local onde também deverá estar como um ‘peixe na água’ já que uma boa parte do seu desenvolvimento teve lugar no traçado de Nurburgring Nordschleife, na Alemanha. Existe ainda um outro modo, denominado Ego, que permite a personalização de diversos parâmetros.

Também relevante neste modelo é o seu esquema de suspensão traseira direcional, que acentua a sua agilidade em pisos débeis e velocidade de passagem em curva quando em estrada.

Quanto ao desenho exterior, não engana minimamente. Linhas dinâmicas e muito agressivas, acentuadas por muitas arestas, determinam desde o primeiro momento uma linha hereditária em relação ao Aventador, por exemplo. Também não desapontam as suas dimensões, com mais de cinco metros de comprimento (5112 mm), dois metros de largura (2016 mm) e 1638 mm de altura, para uma distância entre eixos de 3003 mm, ou seja, acima do limiar dos três metros, o que lhe deverá permitir oferecer um interior muito espaçoso. O seu peso supera as duas toneladas, com um valor final de 2200 kg. Um peso pesado, portanto.

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