Land Rover Defender 90: A arte de reinventar um ícone

22/12/2020

Quando uma criança desenha um jipe o resultado é quase sempre algo muito parecido com um Land Rover Série 1, veículo criado originalmente em 1948. O seu perfil inconfundível está de tal forma impresso no imaginário coletivo, que se tornou parte da definição do que é um veículo todo-o-terreno.

Começou por ser uma ferramenta de trabalho, mas quem os tinha rapidamente percebeu que a sua aptidão para fora de estrada lhes permitia partir à descoberta, por caminhos inexplorados. Crê-se que o primeiro contacto que um terço da população mundial teve com um veículo foi com um Land Rover. Quem não se lembra da “maior aventura de todos os tempos” – era assim que a publicidade ao evento Camel Trophy era feita nas revistas em 1980. Passados 72 anos, a marca diz que o novo Defender é o mais parecido com o primeiro Land Rover Série 1 e o melhor de sempre.

A simplicidade das linhas mantém-se no novo modelo que honra assim a herança histórica e pretende ser a próxima referência do género para o século XXI. Disponível no nosso mercado a partir de janeiro de 2021, embora já seja possível encomendar online, o Defender 90 é mais curto e tem um aspeto mais dinâmico do que o seu irmão 110 (à venda desde o início de 2020, entretanto já esgotado em Portugal).

As novidades são muitas e começam pela plataforma D7x Skeleton (partilhada com o 110). Trata-se de um monobloco em alumínio reforçado com uma rigidez estrutural três vezes superior a um chassis independente e vista isoladamente parece o esqueleto do Defender. A suspensão que equipa de série ambos os modelos é pneumática com altura variável ao solo, mas está disponível a opção de molas para todos os que pretendem fazer todo-o-terreno mais sério. Aqui verifica-se a maior diferença entre os dois modelos, que tendo os mesmos ângulos de ataque e saída (38° e 40°), o ângulo ventral é melhor no 90 com 31° face a 28° no 110. As indispensáveis jantes de aço estão disponíveis apenas na medida de 18”; já em alumínio é possível escolher modelos até às 22”.

Como não poderia deixar de ser, a personalização parece não ter fim e uma opção interessante é a possibilidade de montar um terceiro banco na fila da frente destinado às crianças. Para facilitar a marca propõe as configurações: X-Dynamic, First Edition e X e os acabamentos S, SE e HSE. A gama de motores inclui versões Diesel e gasolina da família Ingenium, de fabrico próprio com eletrificação de 48V não plug-in, caixa automática de oito velocidades e tração integral permanente nas versões gasolina e tração integral inteligente nas versões Diesel. A versão plug-in chegará mais tarde com o Defender PHEV P400e equipado com um motor a gasolina de quatro cilindros e dois litros e um motor elétrico de 140 cv, alimentado por uma bateria com 19,2 kWh de capacidade. Nas versões a gasolina estão para já disponíveis dois motores, sendo a versão P400 a mais potente. Com seis cilindros e três litros debita 400 cv e utiliza o sistema mild hybrid. O P300 é o menos potente, com um motor de quatro cilindros e dois litros a debitar 300 cv. Na gama Diesel a escolha é mais ampla, há variantes do mesmo motor de três litros e seis cilindros em linha. É possível escolher entre o D200, o D250 e o D300, todos com eletrificação ligeira. Quanto ao preço, começa nos 76 499 euros.