Os robôs da Boston Dynamics, empresa recentemente adicionada ao catálogo do Grupo Hyundai, já mostraram apetência para as pistas… de dança. Mas não foram, obviamente, as qualidades artísticas e de entretenimento dos seus modelos que levaram fabricante de automóveis sul-coreana a desembolsar mais de 900 milhões de euros para a aquisição de 80% do capital desta gigante da robótica.

À Hyundai interessa sobretudo os sistemas de inteligência artificial e todas as tecnologias chave para robôs de elevada performance “equipados com perceção, navegação e inteligência artificial”, que empregará nos seus carros autónomos. Além de todas as outras vertentes, nomeadamente através de uma gama diversificada de máquinas inteligentes para substituir os humanos em trabalhos pesados em fábricas, armazéns e centros de distribuição ou em locais perigosos e de difícil acesso. Ou seja, muito mais do que robôs que dançam…

Essa é a mensagem que o consórcio resumiu num vídeo que publicou recentemente e que muitos entenderam também como uma “farpa” a Elon Musk e ao seu prometido Tesla Optimus, o robô humanóide que o homem mais rico do mundo anunciou como o lançamento mais relevante na área da robótica e do qual ainda apenas apresentou a sua versão dançante.

Durante a apresentação em agosto, por ocasião do IA Day, subiu ao palco uma pessoa vestida como o robô revelado minutos antes em vídeo, e divertiu a audiência ao realizar vários passos de dança nos mais variados.

No vídeo (abaixo), o Grupo Hyundai parece querer distanciar-se definitivamente deste conceito e reforçar que os seus robôs, apesar de terem jeito para a dança, têm mais que fazer…