Em agosto verificou-se um ligeiro crescimento de +0,5% na procura de veículos usados, face ao mês de julho. No entanto, a oferta tem uma quebra de -3,3%, o que resulta, ainda assim, numa dinâmica de mercado positiva, de +3,9%. Em relação a agosto de 2021, a dinâmica de mercado foi de +6,6%, embora recue -5,8% face a agosto de 2020.
No que diz respeito aos veículos importados (ligeiros de passageiros), há paralelamente um crescimento de +40% em agosto, face a 2019 e de +46% face a 2021, que se relaciona com a falta de stock nacional. Por tipologia de combustível, a importação está a acontecer sobretudo nos carros a gasóleo e a gasolina, embora tenha vindo a aumentar a preponderância dos elétricos. Apesar do segmento compacto familiar liderar as importações, há um aumento da importação de utilitários.
O preço médio praticado pelos vendedores profissionais continua a subir progressivamente, sobretudo desde agosto de 2021, fixando-se nos 23.100€ em agosto. Tal representa um aumento de cerca de +18,5 % face a agosto de 2021, quando o preço médio era cerca de 19.500€.
Nos modelos mais representativos no Standvirtual, com 50 mil quilómetros e a diesel, mantém-se a estabilização dos preços já verificada nos meses anteriores, nomeadamente o Renault Megane Sport Tourer (21.100€), bem como o Nissan Qashqai (24.800€) e o Mercedes-Benz A180 (30.500€).
O Renault Clio, que representa os utilitários, revela o maior aumento do preço, passando de cerca de 16.900€ para 18.400€.
De acordo com os dados fornecidos pela BCA, os preços sobem no comércio e retalho em agosto, com maior pressão nas categorias entre 5 a 10 anos e mais de 10 anos.
Segundo dados da ACAP, em agosto verifica-se um aumento de +32,1% no total do mercado automóvel, face ao mesmo período de 2021 e uma quebra de -2,8% no acumulado anual face a 2021. As energias alternativas (veículos eletrificados e híbridos GPL) representaram cerca de 40% do mercado total de ligeiros em agosto de 2022, com o gasóleo (18%) a perder quota de mercado.