Ao longo das 20 voltas da corrida deste domingo em Silverstone, Miguel Oliveira revelou um desempenho impressionante. Foi protagonista de uma recuperação de tirar o fôlego, mesmo debaixo de algumas mudanças nas condições climáticas.
Sexta-feira com a mira na Qualificação
Miguel Oliveira entrou no fim de semana bastante confiante e finalmente recuperado a 100%. Iniciou a manhã de sexta-feira com um treino livre, sendo que, com as ligeiras alterações no formato do campeonato, apenas a sessão da tarde passou a contabilizar para a Qualificação do GP de Silvertsone, a nona jornada do Campeonato de Mundo de MotoGP – um formato que se manterá até ao final da temporada.
Com o layout da pista também ligeiramente modificado, o piloto luso conseguiu facilmente adaptar-se durante os treinos e na sessão cronometrada da tarde assinou o 14º melhor tempo, o que o empurrou para a Q1 no sábado.
Miguel Oliveira referindo-se ao primeiro dia de GP em solo britânico: “Não fiquei totalmente satisfeito com o dia de hoje, porque consegui fazer a volta ideal para a Q2, mas acabei por não consegui superar-me. Ao mesmo tempo, tinha um novo chassis para testar e houve pontos positivos e negativos nessa situação. Ao ir para o ‘time attack’ não consegui ser totalmente consistente, o que foi uma pena. Mas, no geral, temos potencial para sermos mais rápidos, e por isso espero que amanhã [sábado] possamos dar tudo. Parece que as condições meteorológicas vão ser mais desafiadoras do que as de hoje, então o foco vai ser em conseguir ritmo o mais rápido possível.”
Sábado frio e com chuva persistente
Já no sábado, a chuva e o frio receberam toda a caravana de MotoGP no circuito inglês. Com apenas 13 graus de temperatura na pista pela manhã e chuva persistente, as sessões de treino e de Qualificação, bem como a corrida ‘sprint’ não foram fáceis de gerir, embora a pista tenha começado a secar durante o ‘Sprint’ à tarde. Ainda assim, Miguel Oliveira deu o seu melhor e mostrou uma recuperação impressionante durante a corrida de 10 voltas, mesmo depois de uma queda sem gravidade na sessão FP2 do fim de semana.
Tendo-se qualificado em P16 para as corridas do fim de semana, Oliveira viu-se limitado no arranque para a ‘Sprint’. Esse facto atribuiu-lhe uma primeira volta menos fácil, recuando até 20º, para a partir daí recuperar volta a volta. Após apenas duas voltas, voltava à 16ª posição e ao final da volta três, o piloto de 28 anos já era 12º. A duas voltas do fim, era 10º e fez tempos por volta tão rápidos quanto o líder da corrida no final.
Domingo de tirar o fôlego
Na corrida de domingo, Miguel Oliveira, que largou de 16º no grid, rapidamente ganhou terreno e já estava em 14º no primeiro setor e recuperou mais uma posição no final da primeira volta. O seu ritmo era tal que conseguiu ganhar praticamente uma posição em cada volta, até ser sexto na volta sete. A partir daí, demorou algumas voltas para chegar aos 5 primeiros. A oito voltas do fim, começou a cair uma chuva fraca, o que foi tornando as condições mais complicadas. Mesmo assim, o português continuou em grande ritmo e ganhou quatro segundos para se aproximar do grupo da frente, grupo onde lutou pelo P3 a duas voltas do fim e acabou por cruzar a meta na quarta posição. Foi o melhor piloto independente da categoria rainha.
Conclusão de Miguel Oliveira: “Estou feliz! É uma pena termos terminado tão perto do pódio e ainda para mais quando estive a lutar pela terceira posição algumas vezes na última parte da corrida, mas ainda assim estou feliz por começar a segunda parte da temporada de uma maneira boa, o que definitivamente nos motiva para continuar. A nossa abordagem continua a ser fazer “corrida a corrida” e tentar sempre fazermos o melhor que podemos. Também estou muito feliz pelo Aleix (Espargaró) por ter vencido a corrida; ter três Aprilia entre os cinco primeiros nesta pista definitivamente dá-nos uma boa sensação.”
Em menos de duas semanas, de 18 a 20, o Campeonato Mundial de MotoGP ruma à Áustria para a 10ª jornada de 2023 (Red Bull Ring – Spielberg) e o Grande Prémio em casa para CryptoDATA.