O ano de 2022 foi um ano muito positivo para a mobilidade elétrica em Portugal, com o aumento significativo das vendas de veículos elétricos e do crescimento da rede nacional de carregadores elétricos, mas… e como será este 2023?
A Associação de Utilizadores de Veículos Elétricos (UVE) afirma que para 2023 é expectável um aumento significativo das vendas de veículos eletrificados, “com maior incidência nos Veículos 100% Elétricos”.
Na visão da UVE, esse crescimento será impulsionado “pela necessidade de mitigar os impactos negativos das alterações climáticas, pelo combate à poluição ambiental e à poluição sonora nas grandes áreas metropolitanas”.
Incentivos estimulam crescimento
A associação acrescenta ainda como fator que irá favorecer uma maior adoção de viaturas totalmente elétricas pelos portugueses em 2023 a continuidade dos incentivos à aquisição deste género de veículos e dos benefícios fiscais disponíveis, “assim como pela discriminação positiva em portagens (nas pontes 25 de abril e Vasco da Gama através da ViaCard) ou no estacionamento público em diversas autarquias – em Lisboa com um custo de 12€/ano (utilizando o selo verde da EMEL), em Oeiras por 6€/ano (com o Dístico Verde) ou em Setúbal totalmente gratuito (com o Dístico Identificativo de Veículo Elétrico disponibilizado pelo IMT), apenas para referir alguns exemplos”.
“A necessidade da redução do consumo dos combustíveis fósseis, da aceleração da transição energética, da eletrificação dos transportes rodoviários, assim como do aumento da produção de eletricidade através de fontes renováveis, para atingirmos os objetivos traçados por Portugal e pela União Europeia, serão fatores determinantes para a expansão da mobilidade elétrica”, sublinham os utilizadores de veículos elétricos representados pela UVE.Porém, a UVE, refere que “o prolongamento da guerra na Ucrânia, que todos queremos que termine rapidamente, mas que ninguém o pode garantir à data de hoje, poderá ser um fator que influencie negativamente a aceleração da eletrificação dos transportes rodoviários pela falta de componentes eletrónicos para a indústria automóvel que pode originar” em 2023.
Foto: Jernej Furman
