Morreu num acidente de viação um condutor que não procedeu à substituição do airbag com defeito que equipava o seu automóvel. Na sequência do embate, o dispositivo da marca japonesa Takata terá falhado o acionamento.

O modelo em que seguia, um Honda, estava sinalizado pelo fabricante e recebeu ordem de recolha às oficinas para proceder-se à reparação da falha identificada pela marca de componentes, mas o proprietário do veículo nunca respondeu à chamada.

Segundo determinaram os especialistas no local do acidente, após a colisão violenta uma rutura anormal do airbag terá provocado a morte de um homem que conduzia o referido Honda Civic, numa das movimentadas artérias do Rio de Janeiro, no Brasil.

Em 2008 foram detetadas as primeiras falhas de funcionamento no sistema de airbags da marca Takata, que está agora associada a cerca de duas dezenas de mortes por funcionamento defeituoso daqueles componentes.

Honda foi uma das muitas marcas que equiparam os seus modelos com os airbags da Takata, tendo iniciado de imediato uma campanha à escala mundial para retirar a peça com defeito dos automóveis em circulação.

“Infelizmente, este veículo não foi levado a um concessionário para ser reparado”, lamentou a marca japonesa em comunicado oficial.

Falência depois do maior ‘recall’ de sempre

Segundo os relatórios conhecidos, a Takata foi obrigada a proceder à maior recolha de sempre na indústria automóvel, para substituir equipamentos com defeito em mais de 100 milhões de automóveis em todo mundo. O problema estava relacionado com o perigo de explosão daquele dispositivo no momento de ser acionado e com possibilidade de existirem peças metálicas projetadas no interior do habitáculo. A empresa japonesa, fundada em 1933, acabou por declarar falência