Musk vai colocar a sua rede de satélites a monitorizar Amazónia

24/05/2022

Elon Musk foi ao Brasil anunciar o lançamento da rede de satélites Starlink com o intuito de monitorizar a preservação da floresta amazónica.

Elon Musk, dono da Tesla e o homem mais rico do mundo, visitou o Brasil, tendo participado num evento sobre conectividade e proteção da floresta da Amazónia, tendo anunciado o lançamento da sua rede de satélites Starlink na região com o objetivo de conectar 19 mil escolas brasileiras em áreas rurais e monitorizar a preservação da floresta.

“Super animado por estar no Brasil para o lançamento do Starlink para 19 mil escolas desconectadas em áreas rurais e monitoramento ambiental da Amazónia”, escreveu Musk no Twitter.

O Presidente do Brasil condecora Elon Musk. Foto: Clauber Cleber Caetano/PR

O fundador da Tesla falou aos jornalistas ao lado do presidente Jair Bolsonaro, tendo sido condecorado com a medalha de Ordem do Mérito da Defesa destinada a “personalidades civis e militares, brasileiras ou estrangeiras, que prestarem serviços relevantes às Forças Armadas”.

A STARLINK É A DIVISÃO DA SPACEX ESPECIALIZADA NO USO DE SATÉLITES PARA O FORNECIMENTO DE SERVIÇOS DE INTERNET.

A Starlink é um projeto da SpaceX, empresa de exploração espacial do bilionário, que usa satélites para oferecer internet. Atualmete, a rede da Starlink é composta de mais de 4 mil satélites. Em 15 de maio, a App Starlink foi a que recebeu o maior número de downloads na Ucrânia, onde os serviços de telecomunicações têm sofrido interrupções por causa da guerra.

Musk já tinha estado reunido em novembro passado com Fábio Faria, ministro das Comunicações brasileiro, nos EUA. Empresário e governante discutiram a utilização da tecnologia da SpaceX para levar a internet às escolas de áreas rurais e para ajudar a combater a desflorestação da Amazónia.

Apesar de, durante o evento, Bolsonaro ter declarado que a região amazónica é “realmente importante” para o Brasil, o presidente brasileiro têm vindo a ser criticado pelo facto de a desflorestação ter atingido a sua maior taxa anual em mais de uma década, segundo um relatório divulgado no ano passado pelo Imazon, instituto brasileiro de pesquisa que acompanha o desmatamento da Amazõnia desde 2008. “O desmatamento ainda está fora de controle”, diz Carlos Souza, investigador do Imazon, ao Guardian.