Peritos concluíram que o Tesla Model S que se despistou, provocando a morte dos dois ocupantes, seguia em modo autónomo… e sem ninguém ao volante.
O despiste fatal de um Tesla Model S, este fim de semana, no estado norte-americano do Texas, trouxe de volta a polémica em torno da tecnologia de condução autónoma, e do sistema Autopilot em particular. Tudo porque, com base no testemunho de outros condutores no local e nos resultados das primeiras peritagens, as autoridades têm fortes razão para acreditar que o modelo da marca de Elon Musk seguia sem condutor e com o programa de condução autónoma ativado, quando saiu da estrada e foi embater com violência numa árvore.
Após o embate, o automóvel elétrico incendiou-se, obrigando os bombeiros a mais de quatro horas de combate às chamas, em que necessitaram de mais de 100 mil litros de água para controlar os sucessivos reacendimentos das baterias do veículo.
A Tesla e a autoridade norte-americana para a segurança rodoviária (NHTSA), ainda não comentaram oficialmente o sucedido. Mas a polémica em torno da tecnologia da marca californiana está novamente na ordem do dia.
Autopilot seguro
Curiosamente, horas antes do terrível acidente, Elon Musk, presidente da Tesla, usou o Twitter para reforçar a confiança na segurança do sistema de condução autónoma da marca. “No primeiro trimestre do ano registámos um acidente por cada 4,19 milhões de milhas percorridas pelos nossos condutores com o sistema Autopilot ativado. Para aqueles que conduziam sem o Autopilot mas com todas as funções de segurança ativas, registámos um acidente por cada 2,05 milhões de milhas percorridas. Para os que conduziam sem Autopilot e sem as funções de segurança ativas, registámos um acidente por cada 978.000 milhas. Em comparação, os dados mais recentes da NTSHA mostram que nos Estados Unidos há um acidente de viação a cada 484.000 milhas”, pode ler-se naquela publicação.