Novo CR-V: Rumo à eletrificação completa da Honda

23/03/2019

A nova geração do Honda CR-V já está pronta para rolar nas estradas nacionais. O grande ponto de destaque deste novo SUV da marca nipónica é o facto de representar não só o regresso da Honda aos híbridos, mas também a entrada numa nova etapa que levará a uma gama totalmente eletrificada em 2025 – seja com híbridos, Plug-in híbridos, elétricos ou hidrogénio. A Honda do futuro começa, então, com o CR-V, que tem o seu preço de base nos 32.950€ para a variante com motor 1.5 Turbo a gasolina e nos 38.500€ para o 2.0 i-MMD híbrido.

Acreditando que o potencial da marca é ainda muito forte para explorar em Portugal, a Sózó joga forte com o novo CR-V, um modelo que tem dado boa conta de si nas gerações anteriores (a primeira foi lançada em 1995) e que, cavalgando a onda moderna dos SUV, consegue ser um dos mais vendidos no mundo inteiro (sétimo globalmente), sendo o terceiro de estilo SUV, atrás do Toyota RAV4 e do Volkswagen Tiguan, em primeiro e segundo lugares, respetivamente, no segmento.

Sem Diesel e com apenas duas motorizações na calha – uma a gasolina e outra híbrida – o novo SUV estreia solução híbrida avançada com base na tecnologia inteligente Multi Mode Drive (i-MMD) de modos múltiplos, que combina dois motores elétricos (um gerador e outro de propulsão), um motor 2.0 a gasolina de ciclo Atkinson, uma bateria de iões de lítio e transmissão de relação fixa, surgindo esta variante híbrida disponível em versões de tração dianteira (2WD) ou integral às quatro rodas (AWD).

Ou seja, aqui não existe uma caixa de velocidades convencional – nem de variação contínua, nem de dupla embraiagem -, mas um acoplamento direto da unidade motriz a gasolina às rodas (com uma unidade de desmultiplicação pelo meio). Objetivo: aumentar a eficiência pela redução de fricção mecânica interna.

Esquema engenhoso que se traduz em vantagens também na suavidade de rolamento e na redução dos ruídos e das vibrações, como pudemos comprovar, uma vez mais, no breve contacto que efetuamos já em solo luso. No total, são 184 CV de potência e 315 Nm de binário oferecidos pelo conjunto híbrido, havendo então que contar com dois motores elétricos (embora verdadeiramente motor de propulsão exista apenas um, já que o outro é um gerador que converte a energia da desaceleração em eletricidade para armazenar nas baterias de iões de lítio de 1kW. A autonomia anunciada é de dois quilómetros em modo elétrico (havendo um modo dedicado EV), mas é noutra competência que o CR-V Hybrid ganha pontos.

Regra geral, o motor elétrico está em constante atuação, tornando a locomoção muito mais ecológica, conseguindo a ‘proeza’ de quase ‘fundir’ o motor elétrico e o motor a gasolina numa única unidade motriz de 184 CV, com a unidade de controlo central a conseguir adequar automaticamente o modo de condução a cada momento, havendo três disponíveis neste SUV: EV Drive, Hybrid Drive e Engine Drive. Cada um deles com as suas próprias características de condução, sendo o primeiro aquele que mais vezes se procura ver no painel de instrumentos. Nesta versão híbrida, as emissões anunciadas de CO2 são de 120 g/km para um consumo médio de 5,3 l/100 km.

Estruturalmente, o CR-V tem reforços importantes para melhorar a sua dinâmica, dispondo agora de mais aços de ultraelevada resistência, além de esquema de suspensão mais evoluído que garante bom acerto entre conforto e dinamismo – sobressaindo, no entanto, pelo pisar confortável. A direção, com bom ‘peso’, também contribui para uma condução mais madura e competente em todos os tipos de percurso. Noutros aspetos, o CR-V beneficia de trabalho de otimização aerodinâmica, com fundo coberto e grelha ativa para maior eficácia, além de bom trabalho de insonorização, mesmo quando o acelerador é pressionado de forma mais teimosa.

Híbrido como aposta

A aposta da marca para este CR-V de nova geração está no híbrido, com preços que começam nos 38.500€ para o modelo de duas rodas motrizes (2WD) com cinco lugares (o híbrido não tem sete lugares), num valor que se pode revelar interessante atendendo ao que é proposto.

Faróis com tecnologia LED, porta da bagageira com abertura elétrica ou o sistema de infoentretenimento avançado com a adição de um botão de controlo do volume são novidades deste CR-V de nova geração, que também conta de série com o leque de sistemas de segurança Honda Sensing, incluindo cruise control adaptativo e assistente de saída de faixa com correção de volante.

Pelo meio (ou no início de tudo…), a versão com motor a gasolina 1.5 Turbo VTEC com duas potências dependendo da caixa: 173 CV com a caixa manual de seis velocidades ou 193 CV com a caixa CVT. Contudo, estas versões estarão disponíveis apenas por encomenda, com a aposta da Honda em Portugal a recair na unidade híbrida, com que espera atingir a fasquia das 100 unidades vendidas no primeiro ano.

Uma expectativa talvez algo conservadora atendendo à evidente mudança de paradigma de mercado na Europa e, enfim, uma escolha que molda um compromisso muito claro para a Honda no que diz respeito à eletrificação da sua gama. Como a Sózó fez questão de enfatizar ao longo da apresentação, esta é a Honda do futuro, que começa a ser praticada no presente. Porque tudo tem o seu tempo, mesmo para ‘vestir o verde’ da eficiência soberana.

FICHA TÉCNICA

Honda CR-V 2.0 i-MMD
Motor térmico: Gasolina, quatro cilindros em linha, atmosférico, ciclo Atkinson
Cilindrada: 1991 cm3
Potência: 143 CV às 6000 rpm
Binário máximo: 175 Nm às 4000 rpm
Potência combinada: 181 CV
Binário combinado: 315 Nm
Velocidade Máxima: 180 Km/h (AWD: 9,2 s)
Aceleração de 0 a 100 km/h: 8,8 segundos
Transmissão: Tração dianteira (FWD) ou integral (4WD); Transmissão de relação única
Peso: 1555 kg
Consumo Combinado: 5,3 l/100km (AWD: 55 s)
Emissões de CO2: 120 g/km (AWD: 126 g/km)
Preço desde: 38.900€

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