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O combustível está caro, mas há três razões para não conduzir na reserva

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Com a escalada dos preços dos combustíveis, é normal que muitos portugueses estejam a adiar a ida às bombas. Mas, atenção, evite conduzir na reserva, pois está a colocar em perigo a mecânica do seu automóvel e arrisca despesas maiores.

Conduzir com o nível de combustível na reserva é uma prática inofensiva para o automóvel a curto prazo. Esporadicamente, percorrer alguns quilómetros “no vermelho” não trará problemas de maior para a mecânica. O problema é quando esta prática é repetida, seja por desconhecimento, desleixo ou mesmo parte de um plano especial de contenção de despesas. A verdade é que conduzir sempre com o depósito quase vazio pode sair-lhe caro. Por três motivos diferentes:

  1. Mecânica

Avarias graves em diversos órgãos mecânicos. A longo prazo, conduzir com o depósito de combustível nos mínimos vai afetar o funcionamento de alguns componentes do automóvel. Os especialistas da Vulco explicam que é uma prática que “castiga” especialmente a bomba de combustível: “este elemento encarrega-se de sugar o carburante do depósito para o conduzir, através do circuito do motor, aos cilindros. Com pouco combustível, o esforço que realiza é maior e, portanto, o seu desgaste também. Além disso, o combustível encarrega-se de manter a bomba a uma temperatura ótima de funcionamento. E mais: se se avariar a própria bomba, repará-la não é barato”.

  1. Rendimento

Depois, os resíduos do combustível acumulados no fundo do reservatório são arrastados para o sistema de alimentação do carro. Além de aumentar o esforço que a bomba de combustível tem de fazer para cumprir a sua função de transportar o combustível até ao motor, esta sujidade que existe tanto no gasóleo como na gasolina pode entupir o filtro de combustível e obstruir os injetores a médio prazo.

“Se a sujidade chegar ao motor, este poderá render menos e consumir mais. Também deve ter em conta que podem ocorrer falhas na ignição quando a alimentação de combustível é irregular”, explicam os especialistas da Vulco.

  1. Multa

No MOTOR 24 já lhe explicámos quantos quilómetros pode percorrer com o seu carro na reserva, mas também alertámos para o risco de um qualquer erro de cálculo fazer com que fique apeado na estrada sem combustível. Que não sendo considerado como avaria, está classificado como um comportamento negligente por parte do condutor, que não tomou as medidas necessárias para garantir que a deslocação pudesse concluir-se sem incidentes. Enquanto o carro parado numa estrada secundária não constitui uma infração ao Código da Estrada (desde que a viatura não represente perigo para os outros utilizadores da via e esteja corretamente sinalizada) ficar sem combustível numa autoestrada ou via rápida, onde é proibido parar ou estacionar, pode custar-lhe até 600 euros, dependendo da interpretação das autoridades no local.