David Hines, de 29 anos, enfrenta a justiça depois de ter sido acusado de desviar fundos do Paycheck Protection Program (PPP), um programa criado nos Estados Unidos para apoiar os empresários durante a pandemia. De acordo com o “New York Times”, Hines recebeu do referido programa ajudas no valor de mais de 13 milhões de euros, que serviriam para garantir os seus negócios, com mais de 70 empregados a cargo e despesas na casa dos 3,5 milhões de euros mensais. Mas, ao que tudo indica, o dinheiro do Estado não teve exatamente esse fim. As autoridades descrevem compras suspeitas feitas pelo empresário imediatamente após o pagamento de uma primeira tranche de apoios no valor de 3,3 milhões de euros. O empresário de 29 anos comprou joias no valor de 9 mil euros numa loja de joias, gastou 5 mil euros em roupa de marca, mais de 7 mil euros em estadias em hotéis e passou a conduzir um Lamborghini Huracán EVO.
Tramado pelo supercarro
O supercarro italiano equipado com radical V10 de 5.2 litros a debitar 640 cv acabaria por ‘tramar’ Hines, quando foi confiscado pelas autoridades na sequência de um acidente de viação, dando início a uma investigação que viria a desmascarar o alegado esquema fraudulento. De acordo com a acusação, as despesas das empresas de David Hines não ultrapassam afinal os 200 mil euros, uma de muitas ilegalidades detetadas nas candidaturas feitas aos apoios. O empresário arrisca agora uma pena de prisão de até 70 anos.
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