Passei numa portagem eletrónica sem identificador da Via Verde. E agora?

10/02/2023

A introdução do pagamento por meio de portagens exclusivamente eletrónicas, da circulação nas autoestradas, anteriormente conhecidas como SCUT, foi muito contestada.

A falta de alternativa deixada às populações por onde passavam, mas também a solução pouco prática implementada para o pagamento, no caso de não se ter um identificador da Via Verde, foram as principais reclamações.

A novidade é que o prazo em que fica disponível para pagamento foi agora alargado para 15 dias úteis. Anteriormente, dispunhamos de apenas cinco dias para efetuar o pagamento sem incorrer em despesas adicionais. Mesmo se quiser fazer o pagamento no próprio dia, não é possível. Só dois dias depois de passar numa autoestrada sem cobrança manual, pode liquidar a dívida. Se não anotar, o mais provável é que se esqueça.

As SCUT – acrónimo de Sem Custos para os Utilizadores – são autoestradas em que os custos eram totalmente suportados pelo Estado em regime de portagens virtuais. Este regime foi introduzido em 1997 e retirado em 2011.

Para quem já tem um identificador da Via Verde instalado na sua viatura, não tem de se preocupar com nada. Ao circular numa dessas autoestradas, cada vez que passa por um pórtico de pagamento automático aciona um sinal sonoro e o respetivo valor ser-lhe-á cobrado na modalidade do contrato que efetuou.

As coisas complicam-se quando se circula numa viatura que não tenha este dispositivo. A solução implementada, estabelece que desta forma, para efetuar o pagamento pode fazê-lo num Ponto de Pagamento CTT, Payshop ou por referência multibanco obtida de forma simples na página online dos CTT. Além das portagens, será cobrado 0,32 € por cada passagem, até ao máximo de 2,56 € por cada pagamento.

Longe de estar perfeito, este sistema incompreensivelmente complexo ficou um pouco mais prático.