Greve a partir de 7 de setembro é para manter, avisa o presidente do Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas.

Francisco São Bento, presidente do SNMMP, confirmou que a greve ao trabalho extraordinário e aos fins de semana, a partir de dia 7 de setembro, é para manter. Aquele dirigente sindical acredita não existir motivo para extinguir o Sindicato, considerando infundado o pedido de dissolução entregue no início do mês no Tribunal do Trabalho de Lisboa, pelo Ministério Público.

“A greve foi anunciada, até à data não houve nada que se dirigisse para um apaziguamento que possa prever a anulação desta greve, portanto, não havendo nenhuma alteração até dia 7, a greve será para avançar e para se exercer até dia 22”, declarou aos jornalistas Francisco São Bento

“Se existir alguma irregularidade, essa irregularidade será regularizada. Não vemos aqui nenhum motivo para que haja uma dissolução do sindicato”, acrescentou aquele responsável.

Caso a decisão dos tribunais aconteça em sentido contrário, com a ordem de extinção do SNMMP, Francisco São Bento não descarta a possibilidade de avançar com a criação de uma nova estrutura, embora acredite “vivamente que a lei existe e será cumprida”.

ANTRAM quer desconvocar a greve

A Associação Nacional dos Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) manifestou-se contra a realização de nova greve convocada pelo sindicato dos motoristas de matérias perigosas, tendo em conta a «sombra que paira sobre a sua constituição».

Em declarações à Lusa, André Matias de Almeida, porta-voz da Associação, sublinhou que, em defesa dos direitos dos trabalhadores, o sindicato deve “desconvocar a greve até que este processo esteja esclarecido”.

“A confirmar-se, é um pedido com natural gravidade. Não nos vamos pronunciar sobre uma matéria que é da justiça, a justiça tem o seu tempo, todavia não podemos ficar alheios ao impacto que uma situação destas terá numa greve que, a existir, poderá ter um problema grave para os trabalhadores”, explicou Matias de Almeida.