Desde a chegada da Uber a Portugal foram já realizados mais de três milhões de downloads da aplicação. A partir de 16 de julho, a plataforma apenas aceitará veículos elétricos.

A Uber anuncia hoje o compromisso de aceitar apenas veículos elétricos na plataforma nas maiores cidades do país, já a partir de 16 de julho. “A regra é aplicável a novos veículos nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto, distritos de Braga e de Faro relativamente ao principal serviço UberX, bem como ao Comfort. Os parceiros vão poder continuar a adicionar veículos não elétricos no caso de substituição de um veículo já registado na plataforma ou para os serviços Uber Black ou UberXL”, explica a empresa. “Queremos continuar a contribuir para o desenvolvimento e adoção da mobilidade elétrica em Portugal, como temos feito desde que aqui lançámos o primeiro produto 100% elétrico da Uber, em estreia mundial, em 2016. A eletrificação do sector dos transportes tem ainda obstáculos estruturais pela frente como o desenvolvimento da infraestrutura de carregamento, ou a oferta acessível de veículos elétricos, pelo que esta transição terá sempre de ser gradual”, afirma Manuel Pina, diretor-geral da Uber em Portugal. E continua. “A forma como a Uber encara este desafio é ambiciosa mas realista: sabemos o que temos pela frente, mas esperamos que iniciativas como esta possam ajudar a mobilizar parceiros privados e autoridades públicas e que este esforço, que tem de ser conjunto, possa fazer a diferença. Queremos estar neste novo normal com condições melhores do que quando entrámos e a mobilidade elétrica é um dos pilares dessa estratégia”.

Custos totais

Em junho, a ZERO – Associação de Sistema Terrestre Sustentável e o consórcio internacional Transport & Environment (T&E), publicaram um relatório onde estimam que o custo total de propriedade de um veículo elétrico em Lisboa, Madrid e Paris pode já ser mais baixo que o de um automóvel Diesel/gasolina. “No entanto”, nota a Uber, “este relatório identifica também importantes barreiras a uma adoção generalizada da mobilidade elétrica, especialmente para frotas comerciais, que exigirão um esforço concertado do sector da mobilidade para serem ultrapassadas”. Mais. “Estas barreiras começam pela necessidade de uma melhoria de infraestrutura de carregamento rápido nas cidades, mas passam também pela disponibilidade de veículos elétricos compatíveis com as necessidades destes serviços, pelo desenvolvimento de políticas urbanas que incentivem uma transição ao longo da próxima década, e até pela adaptação dos incentivos disponíveis para operadores que queiram optar por esta via. Este relatório destaca também como melhor prática europeia a parceria da Uber com a PowerDot para reduzir os custos totais de propriedade de veículos elétricos e incentivar o desenvolvimento desta infraestrutura”, avança ainda a empresa em comunicado.

Parceria com PowerDot

Em setembro de 2019, a Uber anunciou a parceria com a PowerDot, na qual os motoristas da Uber passaram a ter acesso exclusivo aos hubs de carregamento elétrico a preços competitivos. Nesse sentido, durante o mês de julho a PowerDot vai expandir a sua rede de hubs de energia com dois novos lançamentos em parceria com a Uber: um em Lisboa (Entrecampos) e outro no Porto (Bessa), perfazendo um total de seis hubs de energia em todo o país, com 14 pontos de carregamento que vão permitir mais de 1000 carregamentos diários dos motoristas parceiros da Uber.

O Uber Green foi a primeira primeira opção de viagem on-demand 100% elétrica da Uber lançada em Portugal em 2016. Em Portugal, a Uber estima que os veículos elétricos disponíveis na aplicação já poupam 40 toneladas de emissões CO2 semanalmente, 2080 toneladas anualmente. Refira-se que, desde a chegada da Uber ao nosso país, já foram realizados mais de três milhões de downloads da aplicação.