Polestar 3 é o melhor e Model 3 desilude em teste de inverno

22/01/2025

O Polestar 3 venceu o teste de autonomia de inverno El Prix realizado pela Federação Norueguesa de Automóveis, tendo o Model 3 da Tesla sido uma das maiores desilusões da prova.

 

Com uma diminuição de autonomia de apenas 5%, o Polestar 3 foi o melhor dos 23 automóveis em teste, enquanto o Tesla Model 3 foi o quarto menos eficiente, perdendo 24% da autonomia anunciada.

O El Prix é considerado o mais importante teste independente de autonomia dos automóveis elétricos no inverno. É realizado pela revista Motor em colaboração com a Federação Norueguesa de Automóveis.

No teste deste inverno, as temperaturas estavam amenas para a época naquele país nórdico, com 5 graus Celsius, mas os automóveis enfrentaram condições adversas.

Os automóveis testados enfrentaram estrada molhada e escorregadia num percurso que incluía uma subida de cerca de 1.000 metros.

O Polestar 3 percorreu um total de 531 km com apenas uma carga. O SUV do fabricante sueco foi não apenas o automóvel que percorreu maior distância, como também aquele que perdeu apenas 5% relativamente à autonomia WLTP anunciada.

Em contraste com a prestação do automóvel do construtor sueco, o Tesla Model 3 Long Range RWD foi um dos automóveis testados que perdeu mais autonomia no teste de inverno.

O Model 3 utilizado foi o veículo testado com maior autonomia, mas ficou muito aquém dos 702 quilómetros anunciados, tendo feito 530,8 quilómetros com uma carga de bateria.

O Model 3 foi mesmo um dos 23 automóveis testados que registou uma maior diferença entre a autonomia anunciada e os quilómetros, registando uma diminuição de autonomia de 24%.

“O Tesla tem estado no topo da nossa lista em testes de autonomia anteriores. Com uma autonomia WLTP de 702 km, esperava-se que o Model 3 de tração traseira fosse significativamente mais longe do que os seus concorrentes desta vez. Mas foi uma grande desilusão, apesar de ter ido quase tão longe como o Polestar 3”, escreve a Motor, um dos organizadores do teste.

A autonomia dos automóveis é afetada pelo frio, independentemente de serem elétricos ou a combustão, um problema que é maior nos veículos elétricos, seja devido ao desempenho do motor com temperaturas frias, seja por causa do controlo de climatização do interior.

Nos países nórdicos, esta é uma questão que está no centro das preocupações dos consumidores. Daí a existência do El Prix, na Noruega, o país em que a mobilidade elétrica é mais avançada.

No teste deste ano, a maioria dos veículos elétricos testados tiveram “um bom desempenho”, perdendo entre 10% a 20% da autonomia anunciada.

Apenas 2 automóveis tiveram uma diminuição de autonomia inferior aos 10%. O Polestar, que venceu com perda de 5,18%, e o BYD Tang, que sofreu uma perda de autonomia de 9,13%.

Entre os carros mais bem classificados aparece ainda o Mini Countryman, seguido pelo Lotus Emeya e pelo BYD Sealion 7.

E se a BYD coloca dois automóveis no top, a Peugeot tem dois entre os menos eficientes do teste.

O Peugeot E-3008 foi o pior classificado, com um desvio de 31,96% na autonomia, seguido pelo Voyah Dream, pelo Peugeot E-5008, pelo Tesla Model 3 e pelo VW ID.7 GTX Tourer.

O Polestar 3 testado foi a versão Long range Dual motor do Polestar 3 MY24, equipada com Performance Pack, que conseguiu o segundo melhor resultado já alcançado nesta prova independente.

O CEO da Polestar, comenta: “Estamos orgulhosos de mais uma vitória do Polestar 3 numa grande prova! A autonomia é um critério importante para os clientes – e este resultado reforça que o Polestar 3 é uma excelente escolha para quem procura uma experiência de luxo num SUV excecional”.

“Desenvolvemos os nossos veículos acima do Círculo Polar Ártico, na Suécia, por isso não nos surpreende que o Polestar 3 supere a concorrência em condições desafiantes”, conclui Michael Lohscheller.

A prova de autonomia El Prix é realizada 2 vezes por ano pela Federação Norueguesa de Automóveis (NAF) e pela revista Motor, para medir a distância real que os veículos percorrem com um único carregamento em comparação à autonomia oficial WLTP.