Inseridos na rede privada Via Verde Electric, os carregadores serão instalados nas áreas de serviço operadas pelas gasolineiras, distribuindo-se entre 11 autoestradas (cobrindo totalmente a rede da Brisa, com 1124 quilómetros). Serão 40 zonas de carregamento nas áreas de serviço de longa distância, com 82 carregadores, dois por zona.
À disposição do condutor estarão pontos de carregamento diferentes. Por exemplo, existirão de carga rápida (até 50 kW) e ultrarrápidos (de 150 kW a 350 kW), aproximando o tempo necessário para o carregamento da bateria ao do abastecimento de um veículo com motor de combustão convencional. Por exemplo, numa viagem entre o Porto e Faro, o Via Verde Eletric terá 12 pontos de carregamento, com 24 carregadores.
Atualmente, existem apenas 17 áreas de serviço com postos de carregamento rápido (um total de 41 carregadores), crescendo para os 40 no final de 2021 (82, dos quais 41 serão ultrarrápidos, contra os… zero de hoje).
Esta rede não inclui as áreas de serviço urbanas da rede Brisa (Oeiras, na A5; Coronado-Trofa, na A3; Águas Santas, na A4), que terão uma oferta diferenciada, adaptada às necessidades do tráfego urbano numa lógica mais alargada de Mobility Hub, cujos projetos estão em preparação. Esta rede de carregadores rápidos estará concluída até ao final de 2021 e terá um investimento global de cerca de dez milhões de euros.
A uma só voz
Adotando um tom comum de necessidade de esforço na disseminação da rede de carregadores por todo o país, os principais responsáveis de cada um dos integrantes desta nova rede congratulou-se pelo entendimento alcançado, que significa um passo muito grande na criação de mais valor para a aquisição de um veículo elétrico.
António Pires de Lima, Presidente Executivo da Brisa, destacou que “a nova rede de carregamentos elétricos nas autoestradas da Brisa é um exemplo do que fazemos como operador de mobilidade sustentável. Neste caso, com os nossos parceiros, estamos a derrubar barreiras para o uso de veículos elétricos para as médias e longas distâncias. No próximo verão, será possível viajar num veículo elétrico com total conforto, do Minho ao Algarve, na rede Brisa”.
Pelo mesmo diapasão afinou Pedro Oliveira, Presidente da BP Portugal, que considera ter na marca que representa “um agente ativo das mudanças necessárias para tornar mais sustentável o nosso planeta, pelo que procuramos ser cada vez mais eco eficientes e, no que diz respeito à mobilidade, temos uma estratégia de desenvolvimento que vamos poder traduzir neste projeto”.
Já Rui Romano, diretor da rede de retalho da Cepsa Portuguesa, destacou que a sua marca irá “cobrir os principais corredores da península com estações de carga ultrarrápida de 350 kW, em áreas de serviço da Cepsa”, enquanto Vera Pinto Pereira, administradora executiva da EDP e Presidente da EDP Comercial, destacou que “através destas parcerias, oferecemos capilaridade fora dos centros urbanos e traçamos o futuro da mobilidade elétrica”.
Da parte da Galp Electric, Sofia Tenreiro, administradora executiva, frisou que “esta parceria com a Brisa reflete o compromisso da Galp na disponibilização de soluções de mobilidade sustentável em todo o país”. Armando Oliveira, administrador delegado da Repsol Portuguesa, salientou que “como líderes ibéricos em pontos de carregamentos elétricos, não poderíamos abnegar esta sinergia, que espelha a nossa visão precursora”.
Por fim, Marcus Groll, diretor de operações da IONITY GmbH, reconheceu “um dos maiores obstáculos aos carros elétricos é a falta de uma infraestrutura de carregamento confiável e de elevado desempenho. A nossa missão é estar presente para os veículos elétricos atuais e futuros, oferecendo uma experiência confiável, verde e de carregamento rápido”.
