A procura por baterias elétricas para o mercado automóvel irá crescer substancialmente em 2023, com as previsões da analista GlobalData a apontarem para um aumento na ordem dos 41% face ao ano passado.

De acordo com os dados avançados pela GlobalData, que têm em conta a tendência de procura por veículos elétricos, o mercado global deverá necessitar de um total de 11 milhões de baterias em 2023, mais 41% do que em 2022.

A China poderá vir a manter o estatuto de maior mercado mundial de veículos elétricos, mas assiste-se a um período de abrandamento naquela economia, o que poderá ditar a aproximação de outros mercados, como o europeu e o americano.

“O crescimento da China no mercado dos automóveis elétricos irá moderar-se em 2023 após um aumento meteórico em 2022 de mais de 100% face ao ano anterior”, refere Al Bedwell, Diretor da Global Powertrain na LMC, uma companhia subsidiária da GlobalData. “A economia em abrandamento daquele país e o inevitável aumento dos preços irá atrapalhar a procura dos chineses pelos elétricos e híbridos plug-in (PHEV), embora muito volume vá ser acrescentado”, afiança ainda aquele responsável.

As vendas projetadas de elétricos para a Europa deverão subir de ritmo este ano, depois de um ano de 2022 marcado por dificuldades no fornecimento de diversos componentes, com um aumento de 21% no mercado europeu. Beldwell aponta para um crescimento dos elétricos na Europa em 50% ao longo de 2023, considerando que o problema dos semicondutores poderá ser minimizado na segunda metade do ano, “ainda que continue a impactar a disponibilidade dos veículos ao longo de 2023”.

Já para a América do Norte prevê que se supere a fasquia do milhão de unidades 100% elétricas vendidas em 2023, esperando-se um total de 1.3 milhões de veículos entregues.

Globalmente, a quota dos modelos ligeiros 100% elétricos deverá crescer para 12,5%, ou seja, um em cada oito veículos ligeiros vendidos será 100% elétrico.

Quanto aos fabricantes, a Tesla deverá manter o seu estatuto de marca líder, mas assistir-se-á a uma aproximação vertiginosa de outros construtores, nomeadamente dos chineses. A marca de Elon Musk deverá vender cerca de 1.6 milhões de unidades em 2023, segundo a GlobalData, mas a BYD ficará pouco atrás, com 1.58 milhões.