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Q4 e-tron: A evolução da linguagem elétrica da Audi

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Neste momento, sendo o e-tron GT o expoente máximo da Audi em termos de eletrificação, representado num apetecível objeto de desejo, é também possível que as suas vendas não devam bater recordes. O plano da marca alemã para chegar a mais clientes passa por eletrificar o resto da gama e o primeiro contemplado é o modelo Q4 e-tron. A escolha não é ao acaso. O segmento SUV continua a ser dos mais bem-sucedidos em termos de vendas e, neste caso, a marca propõe o Q4 e-tron com duas versões à escolha.

Desenvolvido com base na plataforma para veículos elétricos do Grupo VW (MEB), a abordagem para a conceção do Q4 e-tron foi no mínimo ambiciosa e a Audi apelidou-a de “ABCD”, em que cada letra corresponde a uma característica de cada segmento incorporada no Q4 e-tron. O resultado final tem as dimensões de um compacto do segmento A, uma bagageira com a volumetria do B, o espaço interior para ocupantes do C e ainda a capacidade para arrumação de objetos do segmento D. E, se o aspeto do SUV mais convencional não for suficiente, os clientes mais arrojados encontrarão no Sportback a satisfação dos seus desígnios.

A maior diferença a separar estes gémeos idênticos faz-se notar na traseira

A eficiência aerodinâmica é uma preocupação para qualquer designer ao projetar um automóvel elétrico e o Q4 e-tron não foi exceção, com a versão Sportback a receber o tratamento mais eficaz para atingir um coeficiente de 0.26. A maior diferença a separar estes gémeos idênticos faz-se notar na traseira, em que o Sportback a partir do pilar C assume um formato coupé e vê o óculo traseiro ser dividido por um spoiler. Já a grelha frontal Singleframe é partilhada entre os dois, esconde inteligentemente os sistemas de radar nos anéis Audi e tem tecnologia ativa exclusiva para veículos elétricos, uma vez que abre e fecha consoante a necessidade de refrigerar o motor. Apesar de estarmos a falar de um automóvel elétrico, o motor é refrigerado por água. Não é comum, mas a Audi diz ter implementado a solução de forma a garantir que não haja sobreaquecimento, obrigando o veículo a entrar em modo de segurança limitando o seu desempenho.

O Q4 e-tron vai estar disponível com quatro hipóteses de motorização entre 170 e 300 cv de potência

O Q4 e-tron vai estar disponível com quatro hipóteses de motorização entre 170 e 300 cv de potência, mas apenas as versões com um segundo motor elétrico no eixo dianteiro; e 265 ou 300 cv terão tração às quatro rodas. No início da gama temos o Q4 35 e-tron com motor traseiro de 170 cv e uma bateria de 51,5 kWh para uma autonomia de 341 km, nove segundos anunciados dos zero aos 100 km/h e uma velocidade máxima de 160km/h.

AUDI Q4 50 e-tron

A possibilidade de maior autonomia surge materializada no Q4 Sportback 40 e-tron com 204 cv, uma bateria de 76,6 kWh e 8,5 s dos 0-100 km/h, a mesma velocidade máxima e até 534 km entre carregamentos. No topo da gama encontramos o Q4 50 e-tron quattro com dois motores e uma potência combinada de 299 cv. A autonomia baixa para cerca de 488 km, mas o desempenho dos zero até aos 100 km/h melhora para 6,2 segundos, subindo a velocidade máxima até aos 180 km/h. A bordo de qualquer um deles, o espaço, o refinamento e o conforto são inquestionáveis, assim como a insonorização, a qualidade dos materiais e da montagem são irrepreensíveis. Há imensa tecnologia com muitos botões táteis, mas agradecemos que os comandos do ar condicionado tenham permanecido físicos. É privilegiada uma condução mais descontraída, mas é também capaz de dar uma resposta enérgica quando desafiado pelo condutor graças a um centro de gravidade muito baixo e uma distribuição de peso próxima dos 50:50.

afinação da suspensão parece revelar dotes de magia por parte dos engenheiros

Ficámos curiosos com a existência de patilhas atrás do volante; experimentámos usá-las, mas aparentemente nada aconteceu. Intrigados, questionámos um dos responsáveis pelo Q4 e-tron que nos esclareceu: servem para escolher manualmente três níveis de recuperação de energia no modo drive cuja intensidade é definida pela força centrífuga: 0.06 g, 0.10 g e 0.15 g. A direção é muito assertiva e a afinação da suspensão parece revelar dotes de magia por parte dos engenheiros ao conjugar um equilíbrio perfeito entre o conforto e um cariz mais desportivo, especialmente, na versão mais musculada Q4 50 e-tron quattro.

De entre as novidades que encontrámos no interior, destaque para o head-up display com realidade aumentada, que adiciona mais uma camada de informação, projetada a uma confortável distância de dez metros. A eficácia do sistema comprova-se sobretudo durante a navegação, em que é projetada uma seta flutuante dinâmica: quando nos aproximamos de um cruzamento, por exemplo, a seta flutuante indica o que devemos fazer, antes da seta animada nos encaminhar no sentido correto. A outra novidade (apenas visível no exterior, mas tem de ser configurada no interior) é a assinatura luminosa, que se optarmos pela iluminação LED Matrix é possível escolher entre quatro opções que definem visuais distintos tanto na frente, como na secção traseira do Q4 e-tron.

No caminho para a eletrificação, a Audi preocupa-se com a sustentabilidade e certifica-se não só que a fábrica onde é construído o Q4 e-tron utilize energia limpa, como os fornecedores e parceiros utilizam a mesma linguagem para o máximo possível de componentes poderem ser feitos a partir de materiais reciclados. E o planeta Terra agradece.

Os preços começam nos 44.814 euros para o Q4 35 e-tron. Já o Q4 50 e-tron quattro pode ser adquirido a partir de 57.343 euros.