A marcar o início da segunda etapa do “Campeonato de Portugal de Novas Energias – PRIO”, a 5.ª edição do Oeiras Eco Rally arranca já esta sexta-feira. A Renault Portugal, cuja equipa Prio Renault Eco Team já venceu a primeira etapa, proporcionou a um grupo de jornalistas a hipótese de viverem um pouco a experiência desta forma de rali.

Hoje em dia, o termo rali é invariavelmente conotado com carros muito potentes e rápidos, preparados para percorrer as distâncias dos troços a velocidades estonteantes, mas nem sempre foi assim.

Os ralis de regularidade, que foram muito populares em Portugal a partir da década de 1950, eram feitos com carros perfeitamente normais, sem qualquer tipo de preparação especial, e em estradas abertas ao trânsito. O que importa não é a velocidade, mas sim a regularidade, ou seja: o objetivo é tentar passar, ao segundo, pelos pontos de controlo definidos à hora marcada. Para isso é fornecido um roadbook com essas indicações, e as instruções de navegação, bem como um cronómetro, e é instalado um localizador GPS na viatura, que faz os registos oficiais dos tempos.

Atualmente, neste tipo de provas competem automóveis clássicos, e em 2018 teve início o primeiro Oeiras Eco Rally, que passou a integrar o calendário do “FIA EcoRally Cup”, campeonato organizado pela Federação Internacional do Automóvel (FIA), uma competição da FIA exclusiva a veículos 100% elétricos de produção, matriculados e sem qualquer tipo de modificação, permitindo assim que os concorrentes utilizem os seus automóveis destinados à condução quotidiana.

Antes de mais devemos salientar que o papel do navegador neste tipo de prova é fundamental. Neste micro rali o Motor24 fez parceria com a Razão Automóvel. Logo no primeiro troço com cerca de 1700 metros, deu para perceber que, manter a média estipulada de 36 km/h para passar ao segundo exato, nos pontos determinados não era tarefa fácil. Desde logo porque ao estarmos a circular em estrada aberta: tanto podemos apanhar trânsito lento ou parado à nossa frente, como também nós, para mantermos a velocidade podemos estar a empatar quem vem atrás.

O segundo troço revelou-se mais interessante, pois o objetivo já não era cumprir a média, mas apenas passar nos pontos determinados no segundo exato, sendo que podiam estar separados por apenas dois ou três segundos. Aqui o ritmo já foi mais elevado, o que ainda assim não impediu um ou outro engano por falta de experiência na leitura de roadbook.

No final qual não foi a nossa surpresa, quando chegou a altura de apurar resultados, nos dizerem que a nossa equipa tinha sido a vencedora. Mesmo com algumas penalizações, fomos os mais regulares.