Um congressista republicano lançou uma proposta para abolir a Associação de Proteção do Ambiente (EPA) nos Estados Unidos da América (EUA).
Aquela entidade, que supervisiona as questões de ecologia e sustentabilidade naquele país, tem sido uma das principais defensoras na redução dos valores das emissões poluentes ao longo dos últimos anos, tendo também um peso muito relevante na imposição de novos e mais estritos limites para os consumos e emissões dos veículos automóveis.
A proposta de lei, denominada H.R.861, tem a denominação simples ‘Exterminar a Agência de Proteção do Ambiente‘ e foi avançada pelo Republicano Matt Gaetz, que representa a Florida, não tendo ainda qualquer texto subjacente a explicar as intenções da proposta e se existiria alguma alternativa à referida agência.
A EPA, agência federal criada em 1970 pelo então presidente Richard Nixon, teve um papel preponderante na revelação da polémica com as emissões poluentes da Volkswagen em 2015, sendo também uma das que ajudou a definir os novos valores a seguir pela indústria nos próximos anos.
Com a chegada à presidência de Donald Trump e, na sequência do interesse deste de fazer crescer a indústria automóvel nos EUA, alguns dos construtores aproveitaram para pedir uma suavização das futuras normas ambientais a implementar para os carros novos ou, mesmo, um adiamento da entrada em vigor das mesmas.
De acordo com o site do Courier-Journal, a proposta de Gaetz ganhou já o apoio de alguns congressistas, com a mesma fonte a adiantar que a potencial eliminação da EPA levaria ao estabelecimento, estado a estado, de normas ambientais próprias. Contudo, isso poderia causar enormes dificuldades ao nível das diversas indústrias – como a automóvel –, na medida em que uma norma que poderia ser válida num estado poderia ser inválida noutra. Gaetz pretende que a sua proposta entre em vigor no final de 2018, argumentando quea EPA tem sido demasiado burocrática.
Para que a proposta se torne lei, contudo, a mesma deve ser aprovada na Câmara dos Representantes, Senado e pelo Presidente dos EUA.
