Turismo, todo-o-terreno ou furgão, estudo revela que a probabilidade de sofrer um acidente depende do tipo de veículo que conduzimos.

Segundo o relatório agora publicado pelo Centro de Estudos Ponle Freno-AXA, em Espanha, 14,3% dos condutores de turismos, furgões e veículos de todo-o-terreno sofre um acidente de viação com maior ou menor gravidade. E com base neste número, aquela entidade procurou perceber qual o tipo de automóvel em que a probabilidade de acidente é maior.

O estudo, que incidiu sobre grupo de modelos que os especialistas denominam de “veículos de primeira categoria”, concluiu que os furgões encerram mais perigos para condutores e passageiros, com 20% de probabilidade de acidente.

Os veículos de turismo, que representam 60% dos quase quatro milhões de acidentes analisados neste estudo, contam com uma frequência de 14%, números idênticos aos registados pelos familiares; um ponto percentual a menos do que no grupo dos monovolumes.

De quem é a culpa?

A pesquisa realizada pelo gabinete de estudos da AXA também analisa a responsabilidade em cada acidente de trânsito, para concluir que dos sinistros analisados o nível de culpabilidade dos condutores de turismos é inferior a 45%, enquanto os condutores de furgões foram culpados em 65% dos acidentes.

Josep Alfonso, diretor geral do Centro de Estudos e da Fundação AXA, explica que estes números estão diretamente relacionados com a utilização laboral deste tipo de veículos, associada a “tempos de entrega ou distrações próprias da atividade”.

Curiosamente, é o grupo de veículos com maior probabilidade de sinistros que encontramos a mais baixa taxa de acidentes graves. Segundo o estudo, um em cada dez acidentes de tráfego provoca ferimentos de alguma gravidade para algum dos ocupantes dos veículos sinistrados. Em apenas 7% dos acidentes a envolver furgões se registam danos corporais para os ocupantes.