O Skoda Rapid vai começar a segunda fase da sua vida, ao cabo de quatro anos, e a marca da diferença é uma ligeira cosmética e a adoção do motor 1.0 três cilindros turbo a gasolina do Grupo VW, que substitui o “velho” 1.2 atmosférico, em fase de descontinuação.
A imagem muda pouco, basicamente, há o surgimento dos LED para iluminação diurna, uma barra cromada a ligar as novas luzes de nevoeiro; o Spacebak distingue-se ainda pela quinta porta integralmente em vidro, com um barra preta na base, a ligar as óticas traseiras. Tudo isto significa imagem mais moderna e desportiva, para a qual contribui ainda uma nova linha de jantes em liga leve (15”/16”/17”) que disponibiliza cinco escolhas.
O interior sofreu também alguns retoques, um ar mais atual na linha de modernização que vem marcando a renovação da marca checa, que, sem prejuízo da sobriedade própria de um estilo marcado pelo rigor e alguma frieza, apresenta um resultado cada vez mais conseguido. Pena, apenas, que este “up-grade” não seja acompanhado da aposta em melhores plásticos no interior. A qualidade percebida e os acabamentos dispensam críticas, alinham por parâmetros perfeitamente aceitáveis, devido aos acabamentos e à montagem, mas haveria um produto mais marcante se os plásticos do tablier tivessem outra ductilidade e agradabilidade ao toque.
As imprescindíveis atualizações em matéria de conectividade – agora está disponível uma aplicação que permite ter muita informação sobre o veículo e alguns comandos num smartphone – e o enriquecimento da oferta em termos de equipamento, através da introdução do sistema de chamada de emergência nos modelos com navegação (vai ser obrigatório em 2018), o assistente de máximos e as duas entrada USB para os passageiros da retaguarda, ambos propostos em opção, são outras novidades a registar.
A mesma filosofiaA filosofia da gama mantém-se, como é óbvio. A limusina, com mais 12 centímetros (4,48 metros) continua a ser destinada a um cliente mais conservador, que quer acrescentar a uma habitabilidade referencial, uma mala sem comparação a este nível de oferta: 550 litros (!) que podem chegar aos 1490 com os bancos rebatidos – um mar de espaço para carga.
O Spaceback que, no conjunto da oferta Skoda, continua a parecer concorrente da carrinha Fabia é um compromisso entra a mesma habitabilidade e uma imagem mais jovem, apontando para quem privilegia um carro mais pequeno e não precisa de tanto espaço para bagagens. A mala, que admite a divisão em dois planos, vai dos 415 aos 1381 litros, bastante menos, ainda que com outra versatilidade.
Nos quatro anos de vida em Portugal, o Spaceback foi a versão mais vendida e a preferida do cliente particular – dominam as motorizações 1.4 diesel. A limusina, como se sabe, tornou-se numa escolha crescente na oferta das frotas de táxi, com a motorização 1.6 TDI.
A motorização 1.0 três cilindros turbo domina naturalmente as atenções e cria algumas expetativas. Vai ser proposta em versões de 90 cv (caixa manual de cinco velocidades e DSG de sete) e 110 cv (apenas com caixa manual de seis velocidades). A completar a oferta, aquele que tem sido escolha preferencial: o 1.4 TDI, também um três cilindros a diesel, com 90 cv (caixas manual de cinco velocidades ou DSG de sete).
Motores interessantes
As duas motorizações a gasolina permitem numa combinação interessante com o Spaceback, no entanto, e, especialmente, a menos potente, deixa a desejar no que respeita às vibrações do motor, mais sensíveis do que já se tornou comum, sobretudo na fase de arranque, e na audibilidade do motor em aceleração. Surpreende, no entanto, a generosidade do motor em rolamento, com uma resposta convincente às solicitações do acelerador e uma alma que permite rolar na casa das 2000 rpm sem queixumes e disponibiliza uma reserva de potência que até dispensa uso intensivo da caixa.
Um e outro, como a generalidade dos motores do género, não se mostraram brilhantes em matéria de consumos. Em percursos idênticos, um pouco de cidade e estradas secundárias, sem exageros e respeitando os limites de velocidade, conseguimos 7,9 e 8,5 litros/100, respetivamente, com as versões de 90 e 110 cv.
O Diesel que guiámos foi uma limusina com caixa DSG. É um casamento que se aproxima da perfeição. Grande agradabilidade de condução, despacho quanto baste, insonorização satisfatória e outro nível de consumos: 6,5 litros/100 sem qualquer esforço para economizar.
A suspensão revelou-se mais seca do que é habitual, talvez resultado de todos os modelos testados estarem equipados com jantes de 17polegadas, escolha que, conferem outra presença aos dois Skoda, mas contribui para “comunicar” mais facilmente todas as irregularidades do piso.
Os novos Rapid chegam no final de junho e ainda não existem preços. As indicações vão no sentido de que os valores finais não andem longe dos atuais.
Rapid Spaceback
1.0 TSI/90 cv
Motor: 999 cc, 3 cilindros, turbo, injeção direta, gasolina
Potência: 90 cv/5000-5500 rpm
Binário máximo: 160 Nm/1500-3500 rpm
Transmissão: caixa manual de cinco velocidades ou automática DSG de sete velocidades
Aceleração 0-100: 11s/11,3*
Velocidade máxima:187 km/h/189*
Consumos: média (litros/100) – 4,4; estrada – 3,9; urbano – 5,2; 4,5/4/5,4*
Emissões CO2: 104 g/km/105*
Preço: a anunciar
*Valores com caixa DSG
1.0 TSI/110 cv
Motor: 999 cc, 3 cilindros, turbo, injeção direta, gasolina
Potência: 110 cv/5000-5250 rpm
Binário máximo: 200 Nm/2000-3500 rpm
Transmissão: caixa manual de seis velocidades
Aceleração 0-100: 9,8s
Velocidade máxima: 200 km/h
Consumos: média (litros/100) – 4,5; estrada – 3,9; urbano – 5,4
Emissões CO2: 104 g/km
Preço: a anunciar
1.4 TDI/90 cv
Motor: 1422 cc, 3 cilindros, turbodiesel, injeção common-rail
Potência: 90 cv/3000-3250 rpm
Binário máximo: 230 Nm/1750-2500 rpm
Transmissão: caixa manual de cinco velocidades ou automática DSG de sete velocidades
Aceleração 0-100: 11,7s/11,8*
Velocidade máxima: 185 km/h
Consumos: média (litros/100) – 3,9; estrada – 3,6; urbano – 4,3; 3,9/3,7/4,4*
Emissões CO2: 103 g/km/104*
Preço: a anunciar
*Valores com caixa DSG
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