Cerca de uma semana depois do acidente com um veículo autónomo que provocou a morte a um peão que atravessava a estrada, o Governador do estado do Arizona, Douglas Ducey, ordenou a interrupção dos testes com os Volvo XC90 autónomos que a Uber estava a efetuar.

O estado norte-americano do Arizona era um dos que tinha uma abordagem mais ‘livre’ no que diz respeito a testes com veículos autónomos, mas de acordo com uma notícia do The Wall Street Journal, o cenário, pelo menos temporariamente, será mais ‘apertado’, com o anúncio da suspensão dos testes de autónomos da Uber Tecnologies Inc., companhia ao serviço da qual o XC90 autónomo operava.

Em declarações àquele meio de comunicação, reproduzidas no site Carscoops, Patrick Ptak, porta-voz do Governador, indicou que os dados sobre o acidente continuam a ser investigados pelas autoridades competentes, embora a suspensão dos testes com os veículos autónomos tenham sido ‘travados’, desde já. De resto, a mesma decisão já havia sido tomada pela Uber após o acidente, parando os ensaios de desenvolvimento no Arizona, mas também em Pittsburgh, São Francisco e Toronto (Canadá).

Recorde-se que Elaine Herzberg, de 49 anos de idade, não resistiu aos ferimentos causados pelo embate de um dos modelos autónomos operados pela Uber na cidade de Tempe, no Arizona, sendo atropelada quando atravessava a estrada em condições de fraca visibilidade de madrugada.

Volvo sem responsabilidade

Por outro lado, ficou também a saber-se que a Uber terá desativado o sistema de alerta de colisão do XC90, tecnologia que surge de série neste modelo da marca sueca, numa medida que é justificada pela necessidade de a Uber ensaiar a sua própria tecnologia referente aos carros autónomos.

A tecnologia de alerta de colisão do XC90 permite ao modelo escandinavo detetar e travar automaticamente em caso de deteção de obstáculos à frente, incluindo peões, sendo fornecida à Volvo pela Aptiv, que já procurou distanciar-se da questão com o porta-voz da companhia, Zach Peterson, a referir à Automotive News Europe que “não queremos que as pessoas fiquem confusas ou pensem que a foi uma falha da tecnologia que fornecemos à Volvo”.