São cerca de 40 Maserati e três Bentley comprados para usar apenas dois dias, e para os quais ainda não se encontrou solução.

Papua Nova Guiné – um dos países mais pobres do mundo, onde 40 por cento da população a vive com menos de um dólar por dia –, gastou, em 2018, mais de 6 milhões numa frota de luxo só para os dois dias da cimeira da APEC, realizada pela primeira vez naquele país.

Os carros serviriam apenas para transportar os chefes de estado e outros dignitários na cidade de Port Moresby durante o evento. Justin Tkatchenko, responsável máximo da APEC, foi dos primeiros a tentar justificar este negócio polémico, explicando que o governo da Papua Nova Guiné fez uma espécie de depósito, garantindo que os carros seriam depois vendidos a privados e que já teriam até “muitos interessados”…

Três anos volvidos, dos 40 Maserati Quattroporte e três Bentley Flying Spur adquiridos para usar de um dia para o outro, venderam-se dois…

A frota de luxo continua sem dono e o país já admitiu oficialmente que o negócio superficial foi um “erro terrível”.

“Se tivéssemos alguma previsão, os Maserati não teriam sido comprados em primeiro lugar”, admitiu o ministro das Finanças, John Pundari, à BBC. “Não conheço as razões pelas quais optámos pela compra dos Maserati e agora estamos presos a este dilema.”

Agora, a estratégia será vender a preço de saldo, para minimizar as perdas. Cada Maserati superequipado desta frota custa 98 mil euros, o que equivale já a uma redução de mais de 20 por cento. E os descontos não deverão ficar por aqui…