Sabia que o facto de conduzir com roupa demasiado grossa pode colocá-lo em perigo na estrada? Mais do que conduzir protegido do frio, o excesso de roupa na prática da condução pode ter o condão de interferir com a agilidade de movimentos necessária para reagir a um qualquer imprevisto, mas também porque pode fazer o passageiro ‘deslizar’ pelo cinto de segurança.

A conclusão é de um estudo do Comissariado Europeu do Automóvel (CEA) em Espanha, segundo o qual um em cada cinco automobilistas conduz com o casaco vestido no inverno, fazendo frente às baixas temperaturas da época. Com quase 96% dos 1.025 condutores inquiridos a assumirem a sua crença de que utilizam a roupa mais adequada, a indicação de que, daquele valor, 15,12% conduz com o casaco vestido vem mostrar que existe um desconhecimento entre o que é recomendável e o que se crê como apropriado.

Assim, a Fundação CEA indica que os casacos são mesmo um dos elementos a evitar quando se senta ao volante, seja qual for o tecido. Uma das questões importantes tem a ver com a grossura, que faz com que se crie mais espaço entre o corpo e o cinto de segurança, podendo fazer com que o sistema de retenção não desempenhe a sua função de forma mais adequada, deixando aproximar em demasia o corpo do volante. Em seu lugar, poder-se-á usar uma camisola interior térmica que tenha um efeito semelhante para aquecer o corpo.

A utilização de cachecóis merece igualmente um sinal de desadequação, já que impede a total movimentação da cabeça durante a condução, podendo impedir, por exemplo, a observação correta dos espelhos retrovisores. De fora dos equipamentos adequados para a condução deverão ficar também as luvas, que retiram sensibilidade aos condutores, por exemplo no manuseamento do volante. Quanto ao calçado, as botas são pouco ‘amigas’: mesmo que tragam consigo maior conforto, retiram alguma da sensibilidade ao condutor.

Os mesmos conselhos são aplicáveis para crianças, que não devem sentar-se nas suas cadeirinhas vestidas com casacos grossos, correndo o risco de não ficarem convenientemente seguros.

Outra das recomendações da Fundação CEA diz respeito à temperatura do habitáculo, que deve estar situada entre os 19 e os 23 graus centígrados.

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