Venda de automóveis elétricos com forte crescimento global

15/01/2025

A venda de automóveis 100% elétricos (BEV) bateu recordes em 2024 a nível global, revela um novo estudo.

 

A Rho Motion, empresa de pesquisa de veículos elétricos (VE), revelou hoje que foram vendidas 17,1 milhões automóveis elétricos em todo o mundo ao longo de 2024.

Apesar de grandes diferenças em diferentes geografias, as vendas globais de BEV cresceram 25% em 2024 quando comparado com 2023, um ano que já tinha sido recorde.

Para este desempenho, contribuiu o quarto recorde mensal global sucessivo de vendas de automóveis de passageiros e veículos elétricos ligeiros registado em dezembro.

No último mês do ano foram vendidos 1,9 milhões de automóveis elétricos, o que representa um crescimento de 5% relativo ao recorde do mês anterior. De notar que em dezembro se registou um crescimento em todos os principais mercados mundiais.

Em termos regionais há grandes disparidades. A China teve um boom de vendas, com mais 40%, enquanto o mercado europeu terminou o ano com uma quebra de -3% em relação a 2023. Os créditos fiscais nos Estados Unidos contribuíram para o crescimento das vendas de veículos elétricos em 9%.

A Rho Motion diz que a Europa vai ter um ano de testes em 2025 devido à entrada em vigor das normas de emissões, enquanto nos Estados Unidos a política de Trump, que anunciou o fim dos incentivos fiscais, poderá inverter a tendência de crescimento.

Em resumo, 2024 foi um bom ano para o mercado dos automóveis elétricos, quando comparado com 2023.

A nível global venderam-se 17,1 milhões de BEV (+25%). A China foi responsável por 11 milhões (+40%), a Europa (EU, EFTA e Reino Unido) vendeu 3 milhões (-3%), os Estados Unidos e Canadá 1,8 milhões (+9%) e no resto do mundo 1,3 milhões (+27%)

Para o gestor de dados da Rho Motion, Charles Lester, “após o ano recorde de 2023 para as vendas de veículos elétricos, entrámos em 2024 com algum otimismo em relação ao mercado, apesar dos ventos contrários. Embora, em termos gerais, o mercado global tenha crescido, aumentando um quarto ao longo do ano, as disparidades regionais também aumentaram. O mercado da Europa diminuiu 3% e o da China cresceu 40%”.

“O que é claro é que as cenouras e os paus do Governo estão a funcionar. Na América do Norte, o crescimento de 9% pode ser atribuído principalmente aos subsídios ao consumidor e, no Reino Unido, o mandato ZEV incentivou fortemente os fabricantes a promoverem os seus automóveis com baixas emissões. Entretanto, a supressão dos subsídios na Alemanha teve um impacto devastador em todo o mercado europeu e, se os EUA seguirem o exemplo, poderemos assistir ao mesmo,” sublinhou.