No ano em que celebra o vigésimo aniversário, O XC 90 continua tão relevante como quando fez a sua estreia mundial no Salão de Detroit, em janeiro de 2002. O primeiro SUV da Volvo conta com mais de 100 distinções internacionais. Foi eleito “SUV do Ano” logo quando foi lançado em 2003, tendo sido considerado o produto de exportação mais valioso da Suécia.

 

O XC90 T8 Recharge é um automóvel grande e pesado. Com quase três toneladas e cinco metros de comprimento, continua a oferecer uma lotação até sete passageiros, mantendo assim, o apelo do modelo para as famílias grandes. Para movimentar esta versão deste pequeno “gigante”, a única motorização disponível é híbrida plug-in. Tem um motor com quatro cilindros 2.0 litros turbo a gasolina, e outro elétrico com 65 kW que fornecem tração permanente às quatro rodas. Juntos produzem uma potência combinada de 455 cv e 640 Nm de binário. A bateria de 14,9 kWh está convenientemente colocada no túnel da transmissão. Não aceita carga rápida, mas pode ser carregada em cerca de três horas com um carregador doméstico de 16 amperes.

 

o nível de conforto é elevado, mesmo para os que se sentam nos dois lugares da terceira fila

A bordo do XC90 T8 Recharge o nível de conforto é elevado para todos os ocupantes. Até mesmo para os que se sentam nos dois lugares da terceira fila, cujo acesso é facilitado pelo deslizamento longitudinal dos bancos da segunda fila. Graças à altura generosa – quase 1 metro – na parte de trás, e ao espaço aceitável para as pernas, não têm de ficar reservados apenas para uso das crianças. A bagageira é também beneficiada podendo dispor de 262 litros na configuração de sete lugares, 620 L com apenas cinco lugares, ou 1816 L com as duas filas traseiras de bancos rebatidas.

Não seria um Volvo se não tivesse um impressionante conjunto de sistemas de segurança, não só para os passageiros, como para peões. Mas não só. Contamos assim com: alerta do ângulo morto (BLIS), alerta e travagem autónoma de emergência com deteção de peões, ciclistas e animais de grande porte, sistema de estacionamento 360°, manutenção na faixa de rodagem e ainda alerta (com travagem automática) de trânsito a surgir na traseira.

Aos comandos temos um painel de instrumentos digital de 12 polegadas com dois mostradores circulares e navegação ao centro. O conforto proporcionado pelos bancos desafia a fazer viagens longas. O volante é diferenciador com acabamento em pele com dois tons e uma boa pega. A escolha dos materiais e a qualidade da montagem é muito boa, embora tenhamos ouvido alguns ruídos parasita, cuja origem não conseguimos precisar. A conetividade está assegurada pelos serviços Google (mapas e voz) com uma subscrição gratuita durante quatro anos, para além disso existem também Android Auto e Apple Car Play de série.

este gigante de quase três toneladas é capaz de chegar dos 0 aos 100 km/h em 5.8 segundos

Ficámos impressionados com a capacidade de aceleração e disponibilidade de binário. São capazes de empurrar este gigante de quase três toneladas dos 0 aos 100 km/h em 5.8 segundos, mas quando chegamos às curvas, as suspensões, mesmo com barras de torção, não conseguem evitar que a carroçaria adorne por causa da deslocação de massas. As tentativas de ritmos mais elevados, são também contrariados pela caixa automática de oito velocidades, que irá dar sempre prioridade a um andamento mais confortável do que desportivo. Dos quatro modos de condução que só se podem selecionar no ecrã multimédia de 9 polegadas, o Hybrid será a escolha mais indicada. Gere automaticamente a utilização dos motores elétrico e combustão, e conseguimos com ele uma média de 2,5 l/100 km. Acima dos 1,2 l/100 km anunciados pela marca, mas ainda assim um bom valor, tendo em conta o tamanho e o peso deste SUV.

No modo Pure, irá funcionar apenas em modo elétrico, com uma uma autonomia até 73 km. Assim que a bateria acabou verificámos os consumos a subirem para valores de 11 l/100 km, o que já não é assim tão interessante. A opção Off Road otimiza a tração para condições do piso em fora de estrada. Já no modo Power entra em funcionamento o motor a combustão, com uma ajuda do elétrico para disponibilizar toda a potência. Existe ainda a opção Individual, que permite configurar as definições ao gosto pessoal.

Infelizmente uma grande parte dos utilizadores de automóveis híbridos plug-in – maioritariamente quadros de empresas – preferem a conveniência de irem à bomba de combustível, do que carregar a bateria. O que compromete a mais-valia deste tipo de automóveis.

Se tivermos em conta que com a via verde o XC90 T8 Recharge paga classe 1, este bom “gigante” pode bem vir a ser o novo melhor amigo de uma família. Desde que seja bem utilizado.

Ficha técnica:
Motor: 4 cil. Gasolina, 1 969 cc + motor elétrico
Potência combinada: 445 cv (335 kW)
Binário: 640 Nm
Transmissão: Integral, Cx. Auto. 8 vel.
Bateria / Autonomia: 11,6 kWh / 73 km
Peso: 2302 kg
Comp./Larg./Alt.: 4,95/1,92/1,77 m
Dist. entre eixos: 2,98 m
Mala: 262 – 620 – 1816 l
Desempenho: 5,8 0-100 km/h; 180 km/h Vel. Máx. (limitada)
Capacidade de reboque: até 2 400 kg
Consumo (WLTP): 1,2 l/100 km
Emissões: CO2 76 g/Km
Preço: a partir de 93 307 euros

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