Parceria entre EDP e BP vai alargar as opções de carregamento, com ambas as empresas a aumentar a sua oferta na mobilidade elétrica. Postos estão preparados com as várias tomadas necessárias para os diferentes carros. A inauguração do primeiro serviço aconteceu no Algarve.
O primeiro de 30 postos de carregamento rápido para veículos elétricos na BP já está em funcionamento. A parceria com a EDP arrancou em Faro, mas Maia, Espinho, Loures e Seixal vão seguir em breve o exemplo. Dentro de um ano, de norte a sul do país, as duas empresas querem disponibilizar um serviço alargado na crescente mobilidade elétrica, com a EDP a reforçar a sua oferta neste setor, depois de já ter os postos Mobi.E e as soluções privadas para casas e condomínios.
“Para nós é muito importante que esta parceria permita disseminar pelo território português continental estes postos de carregamento”, afirma Gonçalo Castelo Branco, head of smart mobility, da EDP. As 30 novas unidades, que serão instaladas no curto/médio prazo, vão ter como finalidade não só servir as cidades mas também os locais menos centrais. E as vantagens veem-se sobretudo no tempo e nos custos: “São 15 cêntimos por minuto para cada utilizador e este carregador de 50 quilowatts permite carregar 80% da bateria do veículo em cerca de 30 minutos”, conta o responsável, explicando que foram desenvolvidas várias tomadas para os diversos tipos de carregadores.
A parceria com a BP, que já existia “noutras frentes”, vai agora reforçar a “estratégia de posicionamento” da EDP, que tem como principal linha de orientação potenciar uma infraestrutura de carregamento público: “Pareceu-nos natural estender essa sinergia, uma vez que nas estações da BP já existem serviços conexos associados à mobilidade. O que fizemos foi acrescentar a parte do carregamento elétrico.”
Maia, Espinho, Loures e Seixal serão as próximas cidades a receber os novos carregadores
A EDP tem desenvolvido outras parcerias, que já permitiram instalar postos de carregamento, como são os casos dos hotéis Vila Galé, das Pousadas de Portugal e dos hotéis Pestana, mas com características adequadas ao perfil destes utilizadores: “É um carregamento lento, em que o carro é abastecido durante a noite e por algumas horas.” São as iniciativas mais recentes da EDP, mas é preciso não esquecer também o projeto-piloto das Wallbox – que permite fazer carregamentos em condomínios, com os custos a ser imputados a quem o utiliza e não aos vizinhos do lado. A fase de testes está prestes a terminar e o objetivo é o serviço chegar ao mercado ainda neste ano.
As atenções estão viradas para o alargamento da rede de carregamento público nas estações de serviço da BP. Esse é o projeto que agora arrancou e que será determinante para a EDP conseguir satisfazer os clientes que procuram este tipo de serviços. E no que toca ao investimento, existem também soluções que podem vir a ser aproveitadas, como é o caso de um fundo ambiental destinado a apoiar a instalação de carregamentos rápidos: “Estamos a olhar para isso”, contou Gonçalo Castelo Branco, assegurando haver procura “mais do que suficiente” para aumentar a oferta.
E estar presente nesta fase de transição energética é o compromisso que também faz “todo o sentido” para a BP, não apenas na mobilidade elétrica mas igualmente no “esforço para reduzir as emissões através de combustíveis cada vez mais evoluídos e cada vez mais limpos”, remata João Caetano.
Elisabete Silva | Texto
João Silva/Global Imagens | Fotos
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