Vão ser necessários 2 mil milhões de euros por ano para atingir a neutralidade carbónica até 2050, revelou o ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Matos Fernandes.

O Governo vai colocar a rede Mobi.E a concurso, com mais de 600 pontos divididos em dez lotes em todo o país na primavera do próximo ano. E todo o carregamento será pago, garantindo assim uma manutenção adequada pelas empresas que ganharem os concursos, anunciou o ministro do Ambiente e da Ação Climática; joão Matos Fernandes, na abertura do primeiro dia de trabalhos do Portugal Mobi Summit.

“As metas para a redução das emissões dos transportes estão definidas, o modelo que cada um segue para as cumprir são flexíveis, mas as metas não são negociáveis”, começou por considerar o ministro.

Em causa está a reducao de 25% das emissões dos transportes, já, em 40% até 2030, e chegar a 2050 com emissões zero nos transportes. Um objetivo de neutralidade que o ministro admite exigir investimentos avultados. “Temos de investir 2 mil milhões de euros em cada ano ao nível das famílias e das empresas”. A tarefa é gigantesca. Há que substituir os 5 milhões de veículos e garantir, por exemplo, que todos os edifícios são neutros do ponto de vista da eficiência energética.

O Estado terá uma quota parte de responsabilidade neste esforço de investimento e uma parcela de 15% daquele montante de 2 mil milhões de euros será destinada à comunidade.

Mas porque os transportes públicos são uma peça central neste processo de redução das emissões, um dos primeiros passos é transformar a frota de autocarros com energias mais limpas. João Matos Fernandes lembrou os 709 autocarros que vão renovar a estrutura de transporte coletivo. Tão ou mais importante é também, para o ministro e para o Governo, a mudança do modelo de gestão. “O que faz sentido é a existência de uma só Autoridade Metropolitana de Transportes, com capacidade para planear, fixar e gerir as obrigações do serviço público, independentemente de a propriedade ser pública ou privada”.

Nesta linha, e na sequência das mudanças que ocorreram com a Carris – que passou para a gestão autárquica de Lisboa – o governante entende “com toda a naturalidade, que a TRanstejo e a Softlusa sejam propriedade desta empresa metropolitana já no próximo ano”.

Defensor de uma aposta crescente no transporte coletivo, João Matos Fernandes, considerou que as cidades têm de ser pensadas de modo diferente, com maior recurso à digitalização, mobilidade mais partilhada e elétrica.

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