A maior velocidade de rede, a realidade aumentada, aplicada, por exemplo, a cirurgias são exemplos do que pode mudar na nossa vida com a emergência do 5G. Mas também uma cidade onde todos estaremos mais conectados e onde teremos de nos deslocar menos, com menos esforço e menos emissões de carbono. Este foi um dos temas mais disruptivos do Portugal Mobi Summit.

“A emergência do 5G vai trazer revoluções a vários níveis”, considerou Manuel Ramalho Eanes, administrador executivo da NOS, no painel que abordou As oportunidades e Desafios das Redes 5G no Futuro da Maobilidade, na manhã do segundo dia do Portugal Mobi Summit.

A um primeiro nível está o ambiente industrial, onde “o 5G vai permitir aumentar tremendamente a precisão de tarefas de elevado risco”, sendo um dos exemplos mais significativos o equipamento para realização de cirurgias, através da realidade aumentada. Num segundo nível será “a própria experiência dos consumidores que será radicalmente alterada”, pois, explicou, a nossa lista de compras passa a estar visível num ecrã virtual.E, como não poderia deixar de ser, vai mudar também a realidade das empresas. Não só porque muitos negócios que dependiam de uma presença física com o público passam a poder fazer-se através de pequenos botões atrás de um visor, mas também porque 2as empresas passarão a ter de estar na cabeça dos consumidores”, conhecendo os seus interesses e antecipando os seus consumos.

Resumindo, Manuel Ramalho Eanaes considera que todos temos a ganhar com o 5G, na medida em que, ao permitir conectar todos os equipamentos de uma cidade, vai possibilitar que mais pessoas possam trabalhar e comprar remotamente, sem tantas necessidades de deslocação em transportes, ou fazê-lo com menos esforço, reduzindo também assim as emissões de carbono. Por outro lado, o administrador executivo da NOS destacou o advento desta tecnologia como uma oportunidade excelente para as startups portuguesas.

Sobre os receios de uma radiação acrescida prejudicial para a saúde, Nuno Nunes, CSO B2B da Altice, afastou essa possibilidade, acreditando que, “com todo o investimento realizado nesta tecnologia, a União Europeia nunca iria permitir que as antenas que vamos colocar em produção emitissem uma radição acima dos valores aceitáveis para as pessoas”. Nuno Nunes, começou por explicar que uma das principais vantagens do 5G é que vai trazer uma latência muito baixa, reduzindo muito o tempo em que se envia a informação de A para B, o que criará a oportunidade para nascerem negócios que não existem, gerará maior velocidade de rede e maior densidade, ao permitir que mais equipamentos possam estar em utilização no mesmo espaço ao mesmo tempo.

Por outro lado o 5G vem reforçar a resiliência da rede, ermitindo que exista um backup, porque permite trabalhar com duas frequências com espectros de alcance diferentes.

Na mesma linha, João Nascimento, CTO da Vodafone, abordou o 5G na perspetiva de uma tecnologia que potencia uma série de novas soluções de negócio para resolver os problemas da mobilidade. Nesta materia “o céu é o limite”, considerou. E para exemplicar, revelou que a Vodafone tem participado em testes relacionados com segurança e conetividade, em que o telemóvel de uma criança a atravessar a rua pode comunicar om o carro que vai passar, accionando o travão para evitar um atropelamento.

Em grande sintonia, os representantes destas três operadoras, questionados pela moderadora Jona Petiz (diretora-adjunta do Dinheiro Vivo) dirigiram críticas à entidade reguladora do setor, que acusaram de estar a ser um constrangimento ao avanço do setor, de impedir as empresas portuguesas de estarem no pelotão da frente, manifestando-se preocupados com isso.

 

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