Zafeiris Kokkinogenis, senior AI and Data scientist do CEiiA (centro português de engenharia e desenvolvimento de produto), explicou a importância da recolha e tratamento de dados para uma vida mais sustentável

A digitalização e “smartificação” da sociedade abre um novo mundo de possibilidades, também, e muito, ao nível da sustentabilidade. A CeiiA – Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto -, está a trabalhar nessa área. Já ontem, no âmbito do Portugal Mobi Summit, apresentara a plataforma AYR, que está a ser testada em Matosinhos, e hoje voltou a explicar o que é que é isso de ter os dados ao serviço de uma vida sustentável.

Zafeiris Kokkinogenis, senior AI and Data scientist do CeiiA, explicou que as tecnologias podem ajudar a monitorizar e acompanhar as diversas atividades que acontecem nas cidades – como se movem agem e comunicam -, e usar essa informação para alterar e melhorar os modelos.

Com sensores espalhados pelas cidades, é possível reunir a mais variada e vasta informação sobre os mais variados aspetos da vida numa cidade. “Os dados extraídos permitem reforçar o conhecimento sobre a dinâmica das cidades e ajudam na previsão do futuro das nossas cidades”, disse Zafeiris Kokkinogenis.

Como? Usar a informação recolhida no mundo físico e implementá-la num mundo virtual, reflexo do físico, e aplicando diferentes camadas de soluções. “A intenção é testar situações que ainda não tenham ocorrido”, explicou. Incluindo os mais variados atores que intervêm nesse mundo, é possível testar o que já aconteceu no mundo real e verificar se as soluções que queremos introduzir podem funcionar ou não.

A CeiiA já recorre a este procedimento com a plataforma AYR, que recompensa aqueles que agem de forma sustentável em Matosinhos. Falta o mecanismo que leve a esta mudança comportamental, disse Kokkinogenis. Qual é ele? “É o que estamos a fazer na Ceiia. Em tempo real, recolhemos dados dos prestadores da mobilidade e podemos ver como as pessoas usam estes serviços e podemos inferir que tipo de recompensa gostariam de ter para mudar o seu comportamento”, explicou. “Estamos a criar diferentes realidades simuladas e, de acordo com os dados dos parceiros de mobilidade, criamos perfis de utilizadores e consideramos hipóteses e injetamos estas hipóteses nos modelos simulados e voltamos a fazer testes”.

“A sustentabilidade pode ser alcançada de diferentes formas. Esta é a nossa”, rematou Zafeiris Kokkinogenis.

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