Sem nunca baixar os braços e lutando com o que tinha e não tinha, Tiago fez uma ultrapassagem excepcional a Yvan Muller quase a cruzar a linha de meta, para conseguir o número de pontos suficientes do quinto lugar, que lhe deu, pela primeira vez no WTCC, o terceiro lugar final nas contas do campeonato.
Na qualificação realizada, Tiago Monteiro conseguiu assegurar a sétima e quarta posições da grelha e estava otimista para as corridas mas as facilidades que o piloto português encontrou foram muito poucas: “A primeira volta é sempre importante em qualquer prova. Estávamos todos a lutar pela melhor posição possível. Levei e dei toques, mas o último embate do Lopez deixou-me fora de prova e com o carro muito danificado. Nessa altura cheguei a pensar que era impossível alinhar na segunda corrida, mas como sempre, a equipa fez um trabalho excepcional ao conseguir reparar o Honda Civic”, disse Tiago Monteiro que na grelha para a segunda prova só pensava em somar pontos suficientes para terminar o ano em terceiro.
Final heróico
O início do segundo confronto revelou-se mais uma vez duro com muitas lutas e sobretudo incertezas. Mas Tiago Monteiro nunca se deu por vencido lutando em pista com um carro longe da sua melhor performance: “A única hipótese seria arriscar. Arrisquei tudo, nem sempre correu pelo melhor, mas na última volta, era o tudo ou nada. E sem hesitações e com muita convicção consegui a ultrapassagem necessária para atingir um resultado que considero mais que justo. Foi um ano com alguns altos e baixos, mas estive quase sempre no segundo lugar da tabela, seria muito inglório, depois de todo o trabalho e esforço não conseguir esta posição”, continuou.
Termina assim, aquela que provavelmente foi a melhor época para Tiago: “Estou feliz por mim e pela equipa. Foi um longo ano de muito trabalho que tinha de terminar com algo bom. Só posso agradecer a todos pelo apoio e cá estaremos para o ano para procurar fazer melhor”, concluiu satisfeito Tiago Monteiro.